Capítulo 3

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"O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte."

Friedrich Nietzsche

TAXA DE INFECÇÃO: 2%

Outra vez do lado de fora, Jisung observava atentamente seu irmão mais novo em busca de qualquer sinal de machucado.

- Eu já disse que estou bem, Hyung! - Jeongin afastou-se das mãos de Jisung, que grunhiu bravo.

No carro ao lado, Félix estava sentado com a porta aberta, BangChan ao seu lado, e o novo integrante em pé ao lado. Minho observava todos, principalmente Jisung, analisando sua maneira de agir, a forma quase obsessiva como cuidava dos irmãos.

- Tá! Já entendi que você está bem. - Han falou, apertando mais uma vez o irmão. - Eu fiquei preocupado...

- Desculpe, não era minha intenção te assustar. - Jeongin respondeu baixo, fazendo a famosa carinha de cachorrinho pidão.

Jisung sorriu para o irmão e, se virando, colocou as mãos nas costas do mais novo, empurrando-o até o carro, fazendo com que ele e Félix entrassem e ficassem do lado de dentro.

Depois dos dois irmãos estarem no carro, Jisung se virou, encontrando os olhos analíticos de Minho em si. O Lee tentou disfarçar o fato de estar encarando tanto, mas falhou.

- E então? - Jisung perguntou, olhando para Chan.

- Você topa ir com o Minho até a casa dele? - O mais velho perguntou esperançoso, gostava de Jisung e de seus irmãos, não queria se separar deles.

Mas a expressão no rosto de Jisung deixou Chan preocupado com a possibilidade de ele negar.

- Podemos confiar nele. - Apontou para Minho, que riu sem acreditar no que ouvia.

- Eu é quem deveria perguntar isso, já que vou te levar para minha casa, não é? - Rebateu rápido.

- Tá certo, se você não confia em mim, não tem por que eu e meus irmãos irmos com você! - Falou, se aproximando alguns passos.

Minho o encarou de cima; eram poucos centímetros de diferença, mas já faziam com que Jisung tivesse que olhar para cima, enquanto Minho o olhava para baixo. Aproveitando a oportunidade para analisar melhor Jisung, Minho reparou no jeito em que as mãos dele se apertavam em nervosismo e nas manchas que enfeitavam a camisa branca dele. Vestido com All Stars surrados e jeans rasgados nos joelhos, Minho percebeu que ele também tinha grandes olhos escuros, quase tão redondos quanto bolinhas de gude, além de uma pinta charmosa na bochecha, que, diga-se de passagem, eram grandes bochechas.

Jisung, percebendo que estava sendo analisado, fez o mesmo, embora olhar demais para Minho o deixasse com um misto de sentimentos estranhos. Jisung pôde observar muitos detalhes que passaram despercebidos na primeira vez que se viram, como os olhos escuros com longos cílios, uma pintinha no nariz e uma mandíbula quadrada.

BangChan coçou a garganta, e os dois perceberam que passaram tempo demais se analisando.

- Você vai conosco ou com ele? - De repente, Han se virou para BangChan, questionando.

- Como? - Perguntou confuso.

- Você quer continuar conosco ou com ele, simples.

- Hannie? - Jisung franziu as sobrancelhas ao ouvir o mais alto lhe chamar pelo apelido de família. BangChan achou que poderia, já que ouviu os irmãos o chamando assim. - Desculpe, Jisung.

- Você vai mesmo fazê-lo escolher? Fala sério. Vocês, você e seus irmãos, não têm armas, ao contrário de nós. - Minho apontou para sua arma no coldre.

Welcome to Hell - Minsung  Livro 1 - REESCREVENDOOnde histórias criam vida. Descubra agora