CAPÍTULO 11

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Dulce Maria

Estávamos nós 3 no ponto esperando pelo ônibus, até porque já estava tão tarde e estávamos todos tão cansados, que deixamos a pizza para outro dia. Começou a chover e estávamos todos em baixo da cabana á qual foi colocada ali recentemente para que pudéssemos nos proteger da chuva, com isso todos estavam o máximo possível no canto da parede para que quem chegasse depois pudesse enxergar o destino do ônibus que passasse, até que uma moça resolve ficar na frente.

Dulce – Alguém avisa que carne de burro não é transparente? – Falei impaciente

Poncho – Mas carne de picanha é – Falou observando a moça que estava á frente e tampando nosso campo de visão

Anahí – Poncho! – Chamou atenção dele pela terceira vez aquela noite – Só se for carne de PIRANHA

Dulce – Nossa, Poncho! Você mal pediu a mão da minha amiga em namoro e já começa fazendo isso? – Neguei com a cabeça

Poncho – Amor, eu só fiz um comentário. Não se zanga, vai

Anahí – Comentário esse desnecessário – Falou cruzando os braços e fazendo biquinho

Uma hora após e o ônibus finamente chegou, sentei-me sozinha até porque novamente estava de vela. Quanto um casal de amigos te convidarem falando "Vamos, vai ser legal" nunca confiem!

Fomos conversando mesmo eu estando de vela e Anahí parecia bastante animada, só Poncho que do nada mudou

Dulce – O que aconteceu que o Poncho está com essa cara amarrada?

Anahí - Ele queria dormir lá em casa, mas meu tio do interior chegou para ficar comigo uns dias e não tem como dormirmos lá

Dulce – Ah sim, me lembro do seu tio, como ele está?

Anahí – Bem, chegou ontem e eu acabei me esquecendo de te contar

Poncho – E pelo jeito esqueceu de contar á mim também, porque não dorme lá em casa então?

Anahí – Não posso deixar ele sozinho amor, ele chegou ontem e não conhece nada na cidade. Inclusive amanhã eu tenho que ver algum programa para fazer com ele

Alfonso – É, já vi que vou sobrar

Dulce – Amanhã tem jogo, vão assistir aonde?

Alfonso – Provavelmente em casa, ainda não paguei o sócio torcedor então não consegui comprar

Anahi – Eu não sei, e você Dul?

Dulce – Vou estar trabalhando, mas vou tentar assistir com as crianças pela tv

Continuamos conversando, eu desci no ponto próximo a minha casa e Anny e Poncho seguiram no ônibus mais um pouco. Ainda chovia e a cada gota que caia em mim eu me arrependia amargamente de não ter comprado um carro quando fiz a auto escola há alguns anos atrás. Faz tanto tempo que acho que não sei ligar mais o carro.

Assim que cheguei em casa corri para o banho pra tirar a água fria do corpo, coloquei meu pijama e me deitei, estava tão cansada que sentia que um trator tinha me atropelado, então dormi logo.

No dia seguinte...

Acordei com batidas na porta e eram 08:00 e levantei assustada já pensando ser um incêndio

Dulce – Quem que me acorda as 8:00 da madrugada em pleno domingo? – Sai emburrada para atender

Quando olhei fiquei sem entender, era Jaime, o motorista de Christopher

Jaime – Bom dia dona Dulce, o senhor Christopher mandou que lhe buscasse cedo para que a senhora levasse os filhos dele ao jogo dele de hoje

Dulce – Bom dia Jose, mas Christopher ontem não me disse nada, alias, ontem encontrei-o no parque e ele não informou nada. Inclusive eu lembro muito bem de estar escrito no contrato que no dia após a folga eu volto a trabalhar as 11h30

Lance ( Im ) PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora