Killer Love - Suayeon

11- Kim Sang-Tae

*Kim Bo-ra Pov*

"As cenas horripilantes da mulher das mexas escuras, amarrada, algemada e sendo absurdamente mal tratada por outra mulher presente, que eu não conseguia identificar. Ao descrever parecia uma cena sexual, aqueles momentos que é permitido todo o tipo de material, brinquedos eróticos e sendo conduzido por uma das companheiras. Mas podia ter essa opinião, se não fosse pela mulher que está sendo submissa estar gritando dolorosamente a cada situação, para ser feita esse tipo de cena sexual, tem que ter o concedimento das duas, ali parecia que a morena das mexas escuras estava sendo forçada.

- Não grite, meu bem. - a outra mulher dizia, enquanto deixava mais hematomas no corpo da morena.

Eu me sentia remexer na cama, procurando a saída para acordar daquele pesadelo. A cada gemido doloroso, meus sentidos pareciam reconhecer a mulher. Eram tantas cenas ao mesmo tempo, que eu não conseguia ver seu rosto certamente, numa dessas cenas notei que ambas estavam num quarto com detalhes familiares, a morena que acuso ser minha mãe estava deitada na cama bagunçada, sem liberdade de suas mãos. Vejo que a outra mulher segurava alguns utensílios afiados, que pareciam estar com pequenos resquícios de sangue fresco.

- Eu não aguento mais, por favor... - as palavras saíram arrastadas de sua boca.

Parecia que esse suposto relacionamento não era nada saudável entre as mulheres".

Finalmente consigo voltar a realidade, aquele pesadelo tinha me aterrorizado, a sensação de "ter vivenciado" essas situações me incomodou. Ao lembrar da familiaridade do cômodo, me arrepiava. Eu estava confusa com o desenvolver daqueles 'flashbacks', ainda mais ter as imagens de minha mãe envolvidas. Ainda permaneço com a hipótese de que ela tá tentando transmitir uma mensagem atravéz desses sonhos desconfortáveis.

Era possível ouvir alguns murmuros aos cômodos do lado, isso fez despertar minha falta de sono, a voz cautelosa da mulher não me atrapalhou permanecer no sono, só já estava no meu momento de acordar. Não fazia questão do horário, mas o sol que raiava suave no céu dizia que ainda era cedo, fiquei a admirar a iluminação do mesmo pelo quarto.

Bocejo afastando os mínimos resquícios de preguiça e cansaço que teimou dominar meus músculos, olho para o espaço vazio ao meu lado na cama, meu sorriso era duvidoso, nem eu mesma sabia se ele definia surpresa ou malícia. Ele era responsável pelos pensamentos desejosos da noite anterior agitada que tivemos, Siyeon aproveitou bastante de minhas forças, e eu não me contive em compartilhar tudo de provocador que eu tinha. Até eu fico impressionada como ela é capaz de despertar personalidades pervertidas ocultas em mim, nem eu tenho esse controle próprio, desse jeito vou me decifrar como seu brinquedinho. Balancei a cabeça afastando esses pensamentos, e claro, sem hesitar o sorriso maligno. Não ia negar se ela me tratasse como seu brinquedinho, não teria outra opção até porque Siyeon é uma mulher irrecusável.

A voz parecia se ecoar mais próximo do quarto, eu permaneço embaixo da coberta aguardando a mulher das mexas azuis entrar no quarto.

- Não consegui anexar mais detalhes. - a mesma pronunciou ao celular, percebo que ela não nota que estou acordada, pois estava atenta a alguns utensílios encima da cômoda.
- Nunca vi uma vít-.. - ela pausa a frase ao se virar pra trás e notar meu olhar sobre a mesma.
- Uma pessoa tão bem preservada como ela. - ela da um sorriso forçado.

Achei estranho essa mudança de comportamento de Siyeon, ela praticamente mudou a forma de falar ao me notar encarando ela. Resolvo dar de ombros e agir naturalmente, não quero ficar encarando ela demais e tentar saber sobre o assunto que ambas conversam, seria extrema falta de educação e invasão de privacidade. Mesmo estando despertando uma curiosidade em mim.