Capítulo 38 - Onde Nascem As Flores Part. XVI

449 27 6
                                    

Onde Nascem As Flores Part. XVI

"Havia sangue nas minhas mãos, e morte ao meu lado, morte de todos que havia aprendido a amar naquela nova vida. E quando acordei aquela dor ainda me perseguia, e a guerra nunca pareceu tão dolorosa quanto naquele dia chuvoso. E pela primeira vez eu não queria matar."

- O Brilho Vermelho Da Vida De Um Shinobi.
- DeiseCristtina


                             Sakura reconheceu primeiro os olhos e depois o rosto.

— Me perdoe.

Sakura não perdoou.

Ela o socou, e o segurou a frente do seu rosto. Sangue descia da boca e os cabelos loiros estavam bagunçados.

— Me perdoe, Sakura-san, eu vim te ajudar! — Sakura segurou aquele desespero que se prendia em sua garganta e escutou porque ele estava chorando e era medo que reluzia naqueles olhos azuis. — Confie em mim, eu não queria fazer nada daquilo mas eles me obrigaram, disseram que iriam matar a minha família! Por favor Sakura-san, não temos tempo!

Izumi, um dos jounins responsáveis pela segurança do hokage, Sakura conhecia ele, conhecia sua esposa e o filho que acabara de nascer, sabia que ele jamais trairia Kakashi, e principalmente Konoha.

— Pedi para que eles me matassem, — Izumi limpou o sangue da boca, mas as lágrimas, elas continuavam ali. — Eles não mataram.

E algo se quebrou dentro de Sakura, algo que ela não tinha certeza se um dia conseguiria concertar.

Um pequeno rato preto chiou e outra explosão se seguiu, provavelmente do lado de fora.

E eles começaram a  correr, o lugar tinha vários caminhos escavados na rocha, lembrava o esconderijo de Orochimaru porém mais era escuro, ela se quer parou para conta quantas tuneis eles viravam, não enquanto aquele colar ainda lhe adornada o pescoço e o coração galopava no peito.

— Onde esta o Kakashi-sensei? — Sakura sussurrou para ele, para a escuridão interrompida apenas por velas esquecidas.

— Nós não sabemos. Silêncio.

E eles escutavam gritos e correria, provavelmente nem mesmo Izumi sabia para onde estava indo se não fosse o pequeno rato de Sai que lhes guiava o caminho, e quando a luz faltava um chiado ou outro era ouvido.

O coração dela não parava de bater, e nada explicava como eles não encontravam ninguém nas passagens, e mal ouviam as pessoas correrem.

As velas sumiram por um momento apenas o chiado do rato e os som dos passos contra a rocha eram ouvidos, até que Izumi parou e uma porta rangeu.

Luz fraca velas iluminou o quarto com teias de aranhas tão visíveis quanto as pessoas ali.

Haviam dois homens e duas mulheres, uma curando a outra ofegante encostada na rocha fria. Mas Sakura viu atrás deles mais pessoas cujo os rostos ela não conhecia, mas que estavam com olheiras profundas e um medo estampado.

Mas não foi isso que chamou a atenção dela, foi quando a mulher que curava se virou, Sakura recuou um passo apenas para se por em posição de ataque quando viu a bandana cortada ao meio de uma shinobi de Sunagakure.

Nukenin.

A palavra estremeceu Sakura.

— Ela é amiga! — Izumi tomou a frente da mulher erguendo as mãos em uma forma apaziguadora. — Não se preocupe, ela tem tantos motivos quantos nós! Sai-san a libertou ela também mas fala outros em outras celas.

O Último Uchiha E A Flor De CerejeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora