Destino

Capítulo 25- O Telefonema

Aviso: descrição o sentimento de pânico e fobias.

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Team: “Frio...  muito frio... eu sinto frio na alma, que frio é esse? Eu tremo... Está tão escuro... Eu não sei aonde estou.  Por que eu estou sozinho? Onde está todo mundo? Porque  me abandonaram?  Como eu saio daqui?  Não  consigo enxergar nada! ... Eu corro mas não consigo sair do lugar, estou ofegante e desesperado... O medo começa a me invadir... De repente escuto alguém chorando...Quem está aí? Oi, como se sair daqui? Me ajuda! ...   Um feixe de luz ilumina a silhueta de uma pessoa encolhida em um canto... Ela está  chorando ... sinto uma dor tão forte em meu peito quando percebo que aquela pessoa é minha mãe, tento ir até ela mas estou congelado no lugar, tento chama-la mas minha voz não sai... eu só consigo sentir dor e minhas lágrimas escorrendo por meu rosto... Em um momento ela parou de chorar e caminha até mim... Ela está séria olhando em meus olhos banhados... ‘– Você me deixou sozinha, eu que sempre te amei e o apoiei!’... Com os olhos cheios de mágoa ela me dá as costas e vai embora... Eu caio de joelhos... uma dor insuportável no peito... Eu só queria pedir perdão... dizer que a amava mais que tudo... eu mais uma vez não consegui.”

Win está dormindo tranquilamente quando seu inconsciente começa a se agitar,   aos poucos  ele vai despertando e escuta um gemido baixinho ao seu lado na cama “-Mãe... não vá... me perdoa... mãe...”. O sênior esfrega os  olhos sonolento tentando puxar a consciência para aquele momento, ele abre os olhos e vira de lado para ver seu Nong suando e tremendo. Agora completamente desperto Win balançava Team tentando acordar o pequeno que parecia estar em um ataque de pânico dentro de um pesadelo.

Team abriu os olhos em meio a névoa de suas lágrimas em dois segundos sua respiração engatou acelerada em uma forte taquicardia, seus olhos estavam vidrados. Win correu para pegar o remédio  e água, ele sentou Team e o ajudou a tomar o remédio, colocou o copo na cabeceira e abraçou seu pequeno.

- Foi um sonho... calma... respira. – Win sussurrava para seu Nong enquanto desenhava círculos em suas costas fazendo com que ele se acalmasse.

- Eu não quero ficar sozinho... isso dói Hia... – Team se pronunciou em meio ao choro.

- Você jamais estará sozinho, eu estarei sempre ao seu lado! – Win prometeu beijando a cabeça que repousava em seu ombro, doía ver Team sofrer tanto. – Me conte sobre o que foi seu sonho. – Ele o incentivou a falar sobre seus medos.

O sênior mantinha Team ainda nos seus braços  quando deitou na cama, buscando uma posição mais confortável para seu pequeno relaxar. Win repousou a cabeça do Nong em seu peito e o segurou fortemente com uma mão em volta das costas transmitindo segurança a ele, com a outra mão Win acariciava o braço Team que estava agarrado em sua camisa, como se aquilo o mantivesse vivo. Ao seu tempo Team foi se acalmado e o Choro forte passou as lágrimas silenciosas até que ele reuniu forças para contar seu sonho.


- Hia... ela está com raiva de mim? Eu fui um mal filho... – Team questionou depois de relatar seu sonho.

- Não Pao, isso foi apenas um sonho, sua mãe sempre te amou. –Win confortava o pequeno.

- Mas eu a abandonei... eu não a atendi... eu... é culpa minha, eu devia ter atendido... – Team voltou a soluçar.

- Calma Team... do que você está falando? – Win estava confuso.

- Naquele dia ela me ligou... – Por fim ele falou. – Eu estava ocupado no treino e não  atendi e, depois... aquilo aconteceu entre nós e, eu fiquei confuso querendo ficar sozinho desliguei meu telefone... aí   quando liguei no dia seguinte peguei as mensagens do meu pai que estava com ela no hospital... Quando cheguei lá ela já tinha... – Team não conseguia mais falar.

Win ficou atordoado com o que ouviu, ele tinha feito seu pequeno treinar mais que os outros júniores para desenvolver seu potencial e naquele treino específico ele beijou Team deixando o Nong  naquela bagunça toda e, agora aquela criatura fofa  se corroía de culpa.

- Você não teve culpa de nada, eu tenho
certeza que sua mãe jamais pensaria dessa forma. – Win confortava o menino. – Isso foi apenas um desencontro, sua mãe te amava e você também a amava, isso é o que importa.

Depois que Team finalmente voltou a adormecer, Win o ajeitou na cama e saiu do quarto para tomar um ar e colocar o pensamento e as emoções em ordem.