Win respirou fundo para aguentar ver as lágrimas de seu pequeno caírem a cada linha que ele lia daquela carta de despedida. Na carta, a mãe contava um outro lado de sua vida que se manteve todos esses anos as sombras das vistas de Team e, isso o fez sofrer ainda mais. Por um momento Win temeu que aquela desgraça viesse a se repetir naquela família, que seu Nong tentasse novamente seguir o mesmo caminho da mãe, mas o sênior se manteria forte ao lado de Team para cuidar dele, para que a mesma doença que levou a mãe do pequeno não tivesse sucesso com o menino ao seu lado. Win sabia que era um momento crucial para o menino que ele tanto amava e, ignorando qualquer reação que o pai de Team, sentado a frente deles, pudesse ter, ele passou os braços em torno dos ombros do mais jovem para conforta-lo quando os soluços se fizeram mais fortes.
As últimas linhas foram lidas com toda a dificuldade que a vista embaçada pelas lágrimas provocava, o papel foi amassado com toda fúria de um coração abalado e, Team se virou para Win em busca de refúgio para aplacar a dor que lhe ardia no peito. Win nem piscou e puxou seu Nong para um forte abraço, deixando o pequeno se desmanchar em lágrimas no seu ombro enquanto lhe acariciava os cabelos negros macios. Com o coração disparado e soluços fortes que faziam seu corpo estremecer, o pequeno engasgou com seu choro e teve dificuldade para acertar a respiração, ele começou a sufocar e ficar vermelho, deixando o senhor a frente deles desesperado, por reviver aquela cena. Win sabia que não conseguiria lidar com os dois ao mesmo tempo, então olhou para o senhor e falou seriamente para ele ir beber água e trazer um copo para o filho e, assim que ele se levantou o sênior pegou o rosto do Nong entre as mãos e encostou suas testa , olhando dentro dos olhos de Team.
- Ei... calma pequeno... estou aqui com você... - Win falou suavemente acariciando as bochechas de Team. - Vamos ficar bem... só respire... assim... - O mais velho respirava fundo e lentamente para o menor acompanhar. - Isso... bom menino... vai passar... - O pai do menino regressou mais calmo com o copo de água que colocou ao lado deles e ficou quieto observando o cuidado do rapaz loiro com seu filho. - Vamos... isso... agora beba um pouco de água... - Win se afastou um pouco quando seu Nong começou a respirar melhor e, lhe deu um pouco de água. - De vagar... agora o remédio... - Win pegou no bolso o comprimido que tinha levado por precaução e colocou na boca do pequeno, depois lhe deu mais água. - Pronto assim... - Win passou as mãos no rosto de Team para lhe secar as lágrimas. - Precisamos deita-lo. - O rapaz se direcionou ao senhor em pé na sala que rapidamente o ajudou a levar o Team já meio sonolento para o quarto.
- Agora você descansa um pouco, ná!- Win falou com carinho quando deitaram o mais jovem na cama. – Eu vou estar aqui, não se preocupe. – Ele informou quando Team segurou forte o seu braço, o mais velho sentou na beira da cama, começou a cantarolar uma canção e fazer cafuné em seu bebê até que ele adormecesse por completo, só aí Win se permitiu se desestabilizar um pouco, ele foi até a varanda respirar um pouco de ar puro, se encostou na mureta para descansar o corpo.
- Como você consegue isso?- A voz do pai de Team tirou Win dos seus pensamentos internos. – Quer dizer... Você é tão novo quanto o Timy... E consegue ter tranquilidade para ajudá-lo... Enquanto eu... – Ele lamentou seu fracasso e Win entendeu que aquele sentimento se estendia para além do Team, o homem ao seu lado se sentia culpado pela morte da esposa.
- Estou tentando dar o meu melhor... – Win disse com cautela. – Não é fácil e, sozinho acho que não conseguiria.- Ele deu um sorriso compreensivo para o senhor. – Eu o levei ao médico... – O jovem narrou todos os acontecimentos até aquele momento, aquele senhor era o pai de Team e deveria estar ciente de tudo que se passava com seu filho.
- Oh meu Deus... Eu falhei com a mãe dele e agora continuo falhando como pai... – O homem deixou as lágrimas de remorso caírem.
- Ainda há tempo de arrumar as coisas com Team!- Win o encorajou.
- Você acha que é possível?- O senhor lhe encarou e Win afirmou com um aceno. – Ohh obrigado... E, obrigado por cuidar muito bem dele. – Win sorriu doce ao lembrar do seu menino grande. – Você gosta muito dele, certo? – Ele questionou, recebendo outro aceno afirmativo e, os dois ficaram ali processando toda a conversa, enquanto Team descansava sossegado no quarto, ainda teria muitos obstáculos pela frente .
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Destino
FanfictionQuando o destino decidi unir dois corações não adianta ir contra, ele vai fazer ocorrer o inesperado... Team é arrastado pelos amigos para uma viagem que a princípio parece um grande desastre.