Capítulo 33

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April olhava para o jardim da sua casa com a sua mão no pescoço, onde ainda descansava o colar que o falecido Brandon a tinha oferecido.

Gabriel mexeu-se na cama e abriu os olhos ao ver que a esposa não se encontrava ao seu lado.

April fechou os olhos ao sentir os lábios do marido em seu pescoço.

- O que fazes acordada a esta hora? Normalmente sempre sou eu quem acorda primeiro.

- Não estava a conseguir dormir.

- Porquê?

- Estou a sentir o mesmo aperto no peito que senti quando Ethan foi esfaqueado. Eu não estava a conseguir explicar o que se passava, mas sentia que algo de muito mau ia acontecer. - diz voltando-se para o marido -

- April, os meninos estão bem. A única pessoa que podia magoá-los já não está cá.

- Mesmo sabendo disso, este sentimento não quer ir embora, Gabe.

O mesmo suspira.

- Queres telefonar aos meninos e ver se estão bem? Se bem os conheço, estão todos acordados a esta hora. Mesmo sendo um sábado, eles adoram trabalhar como nós os dois.

April dá um sorriso fraco assentindo. Telefonou a Tyler primeiro e o mesmo confirmou que estava bem. Ethan a mesma coisa. Chegou a vez de Kyle que riu com o comentário da mãe.

- Mãe, estou bem. Acabei de treinar e já tomei meu banho e pequeno-almoço. Agora vou trabalhar um pouco apenas.

- Mesmo num sábado? - pergunta April do outro lado da linha -

- Sim. Se eu não fizer nada, ficarei a pensar numa determinada pessoa e não quero isso.

- Está bem, Kyle. Por favor, fica bem. Amo-te.

- Também, mãe. Até amanhã para o almoço.

Ambos despediram-se e Kyle balançou a cabeça negativamente ao ver que a mãe estava a preocupar-se consigo sem motivo. Quando ia subir as escadas, o telemóvel volta a tocar. Pensou que fosse a mãe, mas estava enganado. Um número desconhecido aparecia na tela e Kyle franziu o cenho estranhando aquilo. Eram poucas as pessoas que tinham o seu número pessoal. Mesmo estranhando, atendeu a chamada.

- Sim? - diz prontamente -

Um silêncio surgiu por alguns segundos e a voz de Brooke surge na chamada.

- Ky...Ky...Kyle. Ajuda-me.

- Brooke, o que se passa? O que aconteceu contigo? - pergunta aflito ao se aperceber de que Brooke estava a chorar -

- Um homem sequestrou-me ontem à noite. Eu...Eu não sei aonde estou. Estou com medo, Kyle.

Kyle mal pestanejava.

- Brooke, eu...

O silêncio surge novamente e Kyle tenta controlar a sua respiração. A voz de um homem soa na chamada.

- Olá, Kyle.

- Quem és tu? O que queres? - pergunta tentando manter a sua voz firme - Diz-me o valor e eu te dou.

- De momento não quero o teu dinheiro, mas sim a ti.

- Eu? Por que precisas de mim? O que se está a passar?

- Não te interessa. Apenas quero que venhas até nós. E acho que é meio óbvio do que se está a acontecer.

- Ok, diz-me onde estás e eu vou aí ter contigo.

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