Exchanges

Capitulo 1

Caminhava, pela imensidão das ruas da capital da Inglaterra, pela primeira vez na minha vida, fiquei aterrorizada, nunca tinha visto tanta gente numa rua só. Consegui, por fim, chegar á rua de casa dos meus tios, para onde eu ia viver, já lá tinha ido, mas não me lembrava de quase nada, da ultima vez que lá estive devia ter uns dez anos e agora tenho dezanove, era uma rua cheia de autenticas mansões, vi uma casa, talvez a maior da vizinhança, corri até lá e toquei á campainha, do outro lado, ouvi uma voz, rouca mas doce que eu achei que fosse a do  eu tio . 

- Quem é ? - perguntava a voz do outro lado da campainha 

- Victoria Collins ! - mal acabei de dizer estas palavras, uma porta se abriu e vi uma mulher loira, com uns olhos azuis, iguais aos meus, nos ultimos anos dos quarenta, a correr na minha direção, percebi que era a minha tia logo que a vi, abraçei-a, o seu cheiro era exatamente o mesmo que da ultima vez que a vi, cheirava de certa forma, ao amor que tinha para dar, mas não era só isso, era isso misturado com a água de colonia que o Peter, o meu primo, lhe tinha dado pelo natal á mais de uma década, até me surpriendeu como é que ainda não perdeu o seu forte cheiro. 

- Victoria, querida, estás tão crescida - aquela coisa que uma pessoa que não te vê á algum tempo costuma dizer - nem acredito que já tens dezanove anos ! - olhou-me e deu-me um beijo na cara, de seguida olhou-me dos pés á cabeça - estás igualzinha a quando eras mais nova ! - outra das coisas que costumam dizer 

- Obrigada Tia, a tia também está muito bem ! - sorri, o meu sorriso mas sincero . 

O meu tio saiu de dentrro de casa e abraçou-me, um abraço que eu já não tinha á quase dez anos, gosto tanto do meu tio, ele é uma pessoa inexplicávelmente bondosa, sentia o meu ombro molhado pelas suas lágrimas de alegria por voltar a ver-me - vá lá Tio, não é perciso ficar assim ! - parei o abraço e sorri de novo para ele, o sorriso foi correspondido, ele pegou nas minhas malas e levou-as para dentro de casa até a um quarto enorme, eu apenas o segui . 

- Apartir de agora, este é o teu novo quarto Vi - um nome carinhoso que o meu prório tio tinha arranjado para mim quando eu tinha uns dois anos - está á vontade - disse saindo do quarto, começei a arrumar as minhas coisas nas gavetas, depois de a roupa estar toda arrumada, liguei o meu telemóvel e liguei á minha mãe, para dizer que tinha chegado bem e que já estava em casa  dos meus tios, falamos durante uns longos até que tive de desligar porque a Mrs.Collin que era como chamavam á minha tia, me estava a chamar, desci as escadas o mais rápido possivel e dei de caras com um rapaz bem alto, cheio de tatuagens, com umas calças pretas rasgadas nos joelhos, iguais ás que tinha vestidas, mas claro, o modelo masculino, umas botas igualmente pretas e um casaco de cabedal, parecia tão bad boy, os seus olhos castanhos olhos seguiam os meus olhos azuis para onde eu olhasse, não me conseguia livrar dos seus olhos . 

- Victoria, este é o Zayn, é filho de uns amigos ! - a minha tia disse enquanto o seu sorriso crescia de cada vez que eu olhava para ele, realmente era bem bonito - Zayn, esta é a Victoria a minha sobrinha ! 

- Olá ! - os seus lábios finalmente disseram alguma coisa e a sua voz suava tão bem, era uma voz, não consigo explicar, uma voz linda, suave mas grossa 

- Olá - disse olhando o Zayn, não conseguia manter um contacto visual por muito tempo com uma pessoa estranha, posso dizer que é uma fobia até, mas acho que é de família 

- O Zayn vai mostrar-te a cidade - mal a minha tia acabou de falar, eu senti os meus joelhos a fraquejar, que boa ideia tia , vou andar por uma cidade que mal conheço, com um completo desconhecido, mas pronto decidi que ia, afinal queria saber alguma coisa sobre Londres .

O Zayn conduziu-me até á porta, eu olhei para trás e vi a minha tia a fazer sinal para sairmos, por algum motivo parecia que ela queria se livrar de nós, mas eu não pensei mais nisso e fechamos a porta de casa e caminhamos pela rua, um silêncio um pouco desconfortável tomava conta de nós os dois, mas ele que não pense que era eu que o ia quebrar !