Capitulo 3

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O trânsito começou a escuar, muito lentamente, por fim, consegui chegar á rua descrita pelo Zayn, só via pessoas, estava completamente perdida, não sabia por onde havia de ir, nunca tinha estado em nenhum lado com tanta gente, estacionei o carro na rua anterior, e sinceramente foi um milagre encontrar lugar tão perto, desci a rua até ao sitio do 'encontro' que para mim, não se podia chamar isso, caminhava meia confusa pela rua, a ler o nome dos cafés, para ver se encontrava o Zayn, as pessoas caminhavam apresadamente, batiam em mim, e nem sequer pediam desculpa, tinha completamente uma ideia diferente de Londres, pensava que eram todos muito corretos, e que pediam desculpa, ou que pelos menos eram bem educados, pelo menos é o que customavam dizer em Bibury, a minha cidade natal, a cidade onde sempre vivi, sobre os londrinos . Bibury era realmente e eu admito, uma cidade muito pequena, então comparada com Londres, era mesmo pequenina, mas pelos menos lá as pessoas eram educadas, toda a gente se conhecia, e era rara a vez em que durante um passeio eu não encontra-sse niguém que conhecia, tinha mesmo uma ideia melhor de Londres do que na verdade a cidade era, os Londrinos eram tão ' who cares' , por um lado eu gostav a disso, porque eu própria era assim mas, por lado não era muito bom, as pessoas não queriam saber de ti por completo, o que não era bom mas por outro lado não se preocupavam com a tua vida, nem se intrometiam como na minha pequena cidade costumam fazer, o que eu gosto, porque detesto falar da minha vida, Londres tinha coisas muito boas e eu estou a ser justa, mas também tinha coisas que eu não gostava nada, era o combinar de coisas que eu gosto e não gosto numa cidade, olhei em volta e vi um rapaz todo de preto a segurar num cigarro, tinha um olhar vazio de despreocupado, tal como da primeira vez que tinham tido contacto visual, ele olhou para mim, tentou claramente, esconder um sorriso, que sem querer e sem dar por isso acabei por roubar, sorri de volta e sentei-me ao seu lado, ele cheirava a tabaco, só de o cheirar diria certamente e sem duvida alguma que tinha fumado três maços de tabaco, e claro marca Camel, sem filtro, uma fumadora ativa consegue exatamente reconheçer estes três aspetos rapidamente, mas não era só tabaco, era tabaco com um cheiro que não me era tão familiar mas que também era, eu diria que era álcool, ele tinha bebido pelo menos dois shots . 

- Desculpa ter demurado, estava a pensar se vinha ou não ! - disse fria e ele abriu os olhos espantados e ficou com a expressão triste, eu desmaichei-me a rir - oh Zayn, estava a brincar ! Também não sabes quando estou a gozar ? Havia muito trânsito ! - ele riu e deu de ombros 

- De ti, nunca sei o que espera- ele disse sério 

- Isso é bom ou mau ? - fiz uma cara de duvida, que para mim foi sem duvida estupida e arrependime completamente de a ter feito 

- Claro que é bom !- olhou com aquele olhar misterioso que costumava fazer- eu já compreendi, no primeiro dia em que te vi, ou pelos menos a primeira impressão é que eras uma menina mimada mas fogo, tu és a pessoa mais fria, mais rigida consigo própria, mias dura, mais 'who cares', mais misteriosa que eu conheço, e é sem duvida dessas pessoas que sorriem pouco mas quando sorriem é dos sorrisos mais lindos que eu já vi, que o mundo precisa , heart of stone !- mal ele acabou de dizer estas palavras eu tentei processalas, não sorri logo, ele tinha-me chamado 'heart of stone', foi a primeira pessoa a desvendar tão rapidamente o meu eu verdadeiro, eu fiquei mesmo espantada, ele tinha acertado em tudo o que dizera mas eu não gostava muito de admitir, mas ele foi a primeira pessoa que ainda não me tinha perguntado nada, se calhar é o efeito de ser Londrino e não querer saber de nada 

O empregado do café, cujo nome era 'Daniel' , não me perguntem como é que sei, apenas li no seu avental ou lá como é que aquilo se chama, pedi apenas uma águas das pedras e o Zayn olhou-me de relance, dei de ombros e ele apenas riu, pediu uma coca-cola e uma nata e riu, se ele soube-sse como eu detesto coca-cola, só de ouvir o nome já ficava com vontade de vomitar, vá estou a brincar. 

- Não comes nada ? uma sandes ? um pão com queijo ? .....- interrompi-o , parecia que ia estar ali a ler o menu inteiro 

- Sou vegan ! - cocei a nuca e rui as ulhas, as principais coisas que começas a fazer quando ficas nervosa 

- Ve que ? - ele franziou as sobrancelhas, o que pela primeira vez desde que nos conheçemos me fez começar a rir ás gargalhadas 

- Vegan, não como nada animal, nem queijo, nem leite, nem ovos, nem nenhuma merdinha dessas ! - ri 

- Já percebi porque é que és tão mas tão magra, qualquer dia desapareces rapariga ! - eu ria com as palavras dele mas passou um rapaz na rua tão parecido com o rapaz do carro que eu segui-o com o olhar, quando ele se aproximou reparei que não era ele e fiquei desiludida, mas que raio, desiludida ? eu nem sabia o nome do rapaz e ele não era nada mas mesmo nada de especial, acalma-te Victoria . 

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