CAPÍTULO 3
Eu e Hidan estamos em uma floresta perto da vila da folha, meu lar. O homem que temos que matar vive indo em um barzinho que tem em uma cidadezinha vizinha, pelo menos é o que fala no pergaminho.
Konan havia dito que deveríamos cobrá-lo apenas, mas ao abrir o pergaminho eu descobri que cobrar tem o mesmo significado de matar. Hidan comentou que isso serve como ameaça para os outros que ainda nos devem.
Me encostei em uma árvore, Hidan se sentou perto de mim. É impressionante como esse ser não cala a boca por um minuto, mas por certo ponto isso é até bom, me distraí do fato de eu ter traído o meu lar.
Traído não, ajudando, isso, ajudando. Eu estou apenas me sacrificando pelo bem de todos, eu posso fazer isso, eu consigo. Vou ajudar a minha vila e voltar em segurança, mas será que eles me aceitariam?
- Você está distraída, pensando em voltar atrás? - Hidan chamou minha atenção. - Saiba que a Konan me deu permissão para te matar caso você nos traia. - Disse com um sorriso.
O olhei friamente, isso pareceu surpreendê-lo.
- Não quero voltar para lugar nenhum. - Nem eu consegui reconhecer a minha voz.
- Mas me conte, qual foi o motivo para você deixar a sua vilazinha? - O olhei entediada.
- Não é da sua conta. - Disse simples.
- Aí, a gatinha é brava. - Brincou.
Dei um olhar ameaçador a ele.
- Parece que sim. - Disse. - Que irritante, troquei um parceiro chato por outro. - Falou como se o Kakuzu não tivesse sido morto e sim mudado apenas de departamento.
- Se você não calar a boca, eu serei a próxima a trocar de parceiro. - Ameacei.
- Que mulher irritada. - Sorriu, revirei os olhos.
Fiquei com vontade de socá-lo, mas eu não poderia fazer isso. Já deu para perceber que ele é um idiota, talvez seja mais fácil do que eu imagino tirar informações dele. Pouco acredito que ele é o espião da folha, esse imbecil é apenas um psicopata sanguinário.
Konan falou que eu não conheceria ainda os outros membros, talvez isso possa demorar, acredito que vai demorar de acordo com a minha capacidade. Se for assim, devo me mostrar o mais confiável possível e proativa. Ou seja, devo matar muitas pessoas, será que devo agir igual o louco do Hidan?
- Vamos. - A voz de Hidan soou alto, me tirando dos meus pensamentos.
Levantei, dei por conta de que já estava anoitecendo e eu nem havia notado, estava submersa aos meus pensamentos e isso pode ser perigoso, Hidan poderia ter me atacado.
Não posso deixá-los notar que tem algo errado, preciso parecer tão psicopata como toda Akatsuki. Fria o suficiente, louca o suficiente, maníaca o suficiente, preciso ser que nem eles.
Vou ter que interpretar uma personagem e não sei quando poderei sair desse papel, mas não me importo de fazer isso, é pelo bem da vila.
-------S2--------
Nós o matamos, eu o matei. Hidan falou para eu mata-lo, disse que era para ver se eu estava apta ao grupo.
O homem - mesmo bêbado - implorou por sua vida até o final, disse que tinha uma filha e esposa, falou que daria um jeito de nos pagar, mas eu o matei mesmo assim.
Tive que colocar uma máscara de frieza antes de puxar minha kunai e cortar sua garganta. Minha mente era repleta de pensamentos, enquanto eu o matava, mas não tinha outra opção.
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Sakura, o renascer de uma flor
Romance*FINALIZADO* Akatsuki é a maior organização criminosa do mundo, quase nenhum ninja tem coragem de se arriscar em relação a ela, mas Sakura terá. Uma missão indesejada, que a faz deixar sua vida toda para trás, tudo isso pelo bem da vila. As pessoas...