Capítulo 2: Anônimo

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Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem

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Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre. O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer..: Albert Einstein 

Sentir-se viva não é tão difícil se parar de imaginar o pior e seguir em frente com sua própria jornada. Ingrid ouvia sua mãe repetindo essa mesma frase todos os dias de manhã e depois que chorava. A recuperação da filha foi importante para todos, não só para aqueles que estavam por perto, mas também para aqueles que ansiavam sua salvação de longe. Mesmo depois de descobrirem que sua doença não era Câncer no Sistema Central, mesmo depois de tantos estudos sem respostas, mesmo sem saber o que Ingrid tinha, ninguém desistiu, ninguém esqueceu, de longe ou de perto, seguiram acreditando na volta da família e na melhora da loira.

Ver a mesma sorrindo, pulando, contando piadas e como foi a viajem era gratificante para Violeta e Priscila. Saber que tudo estaria voltando ao normal depois de cinco anos não era só algo legal e divertido, aquilo era motivo de felicidade, mesmo que a chuva se aproximara, as lágrimas de alívio não iriam embora e todas as lembranças do desespero cessavam ao ouvirem sua voz tão perto novamente. 

 — Violeta! O que ainda está fazendo aí? — Ingrid acorda a morena de cabelos castanhos de seus pensamentos e lembranças — A chuva já está chegando, vamos para o meu apartamento conhecer minha colega de quarto — A chama, caminhando com a mochila de sua amiga nas costas. 

As três seguem caminho apressadamente ao sentirem os pingos gelados caindo em seus rostos. Em meio a passos rápidos e a chuva que aumentara intensidade, escutaram buzinas sendo tocadas e começaram a caminhar mais rápido, sem olhar para trás, com incomodo e aterrorizadas. O carro se aproximou ainda mais e o motorista começou a falar: 

— Eu não gosto quando sou o último a saber das coisas. 

— Oliver? — As três gritam juntas, como se estivessem participando de um coral, aliviadas por ser somente um amigo.

— Ingrid, eu queira te dar um abraço, mas prefiro que entrem no carro e saiam dessa chuva — Ele encosta o carro e o destranca para as meninas entrarem. 

Violeta, no banco de trás junto com Priscila, reclama o caminho todo pelo susto que levou em relação as buzinadas do garoto de cabelos loiro castanhos. Ingrid contava como foi a viajem resumidamente para Oliver e como foi engraçado ver um garoto de terno amarelo e calça azul, que segurava um buquê de girassóis correndo pela rua enquanto saía do mercado. 

Por fim, chegaram no condomínio e todos a acompanharam até seu apartamento, recebendo olhares curiosos das crianças nos corredores e olhares horrorizados dos pais das mesmas enquanto os jovens riam da situação. 

— Oliver, entra com a gente, por favor — Ingrid pede, fazendo biquinho infantil. 

— Não posso, tenho um almoço com a família do Arthur e já estou... — Tenta se explicar, antes de ser interrompido por uma criança no fim do corredor

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