Capítulo 3: A Caixa

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A mais bela experiência que alguém pode viver é o mistério

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A mais bela experiência que alguém pode viver é o mistério. É ele a verdadeira fonte da arte e da ciência. Quem não se emociona, quem já não possui o dom de maravilhar-se, mais valia que estivesse morto, porque os seus olhos estão fechados.: Albert Einstein

Depois do almoço familiar de Arthur, que envolvia o novo namorado de Ivone, a mãe do garoto, o Sr. Ford — Alexandro Luiz Ford —, o moreno se encontrava, novamente, ao meio de uma discussão entre seus amigos, sua namorada e a amiga de sua namorada.

Desde de crianças e durante toda a sua adolescência, sempre esteve perante essa situação um tanto irritante entre Leila, Amanda, Oliver e Paulo. O grupo nunca se distanciou completamente, e mesmo se obrigados, ajudavam um ao outro, porém, mesmo com o amadurecimento, as brigas nunca se cessaram. Antes o coitado não entendia qual era o real motivo por se odiarem dessa maneira, ou como as brigas começavam, mas hoje em dia começou a compreender. Um dos motivos que resultavam em palavras tortas era ciúmes do amigo, o que o deixava dividido em passar mais tempo com sua namorada, as amigas dela e os namorados das amigas dela, ou passar mais tempo com os próprios amigos.

No entanto, tudo isso se resultava numa desculpa para o moreno não escolher ninguém e preencher o seu tempo no estágio de medicina durante o resto da tarde, mesmo que ele não precise, pois o mesmo já estudara de noite e a faculdade sabia que sua tarde era cheia de deveres em relação ao seu trabalho numa clinica particular da cidade. Mas dessa vez, não foi esse o motivo, e sim, o Oliver comentar para a mãe do amigo e para Paulo que Ingrid estava na cidade, respondendo para a dona Ivone que ela estaria num apartamento com uma amiga nova, e que não tinha visto os pais dela. Ele não fez de propósito, nem sequer passava em sua cabeça que Leila se sentiria enciumada com a felicidade da família com a notícia, principalmente porque a moça não sabe dos acontecimentos com a loira, então não entendia o motivo de todos, tirando suas amigas, sempre estarem felizes, especificamente seu namorado.

— Olha, quer saber? Já deu a minha hora — Oliver, desaforado, se rende, pegando sua mochila preta e se retirando da cozinha.

— E pra onde você vai? — Arthur, que estava desatento, acordou de seus pensamentos e seguiu seu amigo com olhos.

— Para a minha casa! — Responde, sem olhar para trás, abrindo a porta — Ah, mas antes — Ele se alerta, se virando e se despedindo formalmente de Ivone e Alexandre.

O loiro castanho volta novamente em direção à porta e a abre, avistando uma caixa laranja, com um cartão com o destinatário para seu amigo. Sem se atentar com o que poderia ser, pega-a em suas mãos e avisa a todos de uma encomenda nova. Com o comando da patriota da casa, ele deixa a caixa na mesa de centro e segue seu caminho.

— Filho... Alexandre e eu iremos dar um passeio no parque, se forem sair, podem fechar a casa pra mim? — A morena, com um sorriso brilhante, faz seu filho enciumado concordar, mesmo com os olhos semicerrados sob o Sr. Ford.

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