Capítulo 4: Talvez Não Seja...

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O amigo deve ser como o dinheiro, cujo valor já conhecemos antes de termos necessidade dele

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O amigo deve ser como o dinheiro, cujo valor já conhecemos antes de termos necessidade dele.: Sócrates

Foi como um batalhão. Eles estacionaram os veículos na garagem enorme do condomínio que Ingrid e sua colega moravam. Paulo não tinha certeza ou não lembrava o número do apartamento que Priscila disse minutos atrás, então se orientou com o porteiro. Todos seguiram apressados, juntos em um só elevador, rumo ao andar solicitado. Ingrid já estava ciente de quem entraria por sua porta, e por isso estava nervosa o suficiente para criar paranóias em sua cabeça. Estava com receio de encontrar duas específicas pessoas. Arthur e Leila. Ela já tinha encontrado o amigo, mas não a namorada dele. Assim que o moreno acompanhado pelos amigos se aproximou da porta, sentiu aquilo que ele não esperava. Uma eletricidade de nervosismo e ansiedade tomou suas veias e sua mente por completo. Mesmo que tenha imaginado o reencontro de sua antiga paixão adolescente e sua namorada, não havia sentido tanta pressão na pele. Mas agora não tinha como voltar atrás, então apertou a campainha e foi abordado pela colega da loira. Ágatha. A dona daqueles olhos asiáticos e pele mais bronzeada que o lembra do ser visto mais cedo. 

— Vocês devem ser... — Ela passa seus olhos por todos a sua frente e raciocina por alguns segundos — Entrem — Abre espaço para todos adentrarem a casa. 

Envergonhados, fazem o que foi pedido, sendo recebidos pela anfitriã e por suas amigas. Sem enrolação, o pequeno grupo adentrou e acompanhou Ágatha até a sala, onde se viram duas garotas loiras (claro e escuro) e uma de cabelos lisos ondulados e castanhos. 

— Finalmente chegaram, demoraram uma eternidade — Violeta reclama, resmungando até cumprimentar seus amigos. 

— Não faz nem dez minutos que conversamos — Paulo protesta com indignação, desviando seu olhar para a loira à sua frente — E aí, Ingrid, que saudade. 

Os dois se abraçam, sorrindo, se desvencilhando rapidamente e fazendo um breve toque de mão que tentaram inventar pelas chamadas de videos que ocorriam durante os anos que passaram distantes. Ao contrário do que todos imaginavam, a ruiva e a loira não se atracaram ou explodiram o prédio, e sim, se entreolharam como uma tentativa educada de dizer "oi" entre duas pessoas que não se davam bem. 

 — Quer dizer, então, que o grupinho aí também recebeu um presente anonimo e esquisito? — A descendente asiática interfere de forma astuta no silêncio que começava a se formar. 

— O presente era para o Arthur, mas estávamos juntos com ele, então... — Paulo a corrige, sendo interrompido logo depois. 

— Isso não importa — Responde, de forma grosseira. 

— Ágatha! — Jones chama a sua atenção, com os olhos arregalados e nervosos. 

— O que foi? — Indaga, sem entender o motivo de sempre ser repreendida pela amiga. 

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