Capítulo 6: Não Entenda Mal o Errôneo

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É preciso ter o caos dentro de si para gerar uma estrela dançante

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É preciso ter o caos dentro de si para gerar uma estrela dançante.: Friedrich Nietzsche

Depois da revelação de Oliver a polícia quis entender o que estava acontecendo, o porquê do acidente, como ele foi parar dentro do prédio abandonado e a família do mesmo sempre entra em contato com Arthur para saber se ele não tem comportamentos duvidosos. Oliver foi obrigado a contar o porquê do pai estar daquele jeito e depois de uma semana o garoto resolveu aceitar passar por algumas terapias psicológicas. Arthur e Paulo se preocupavam muito com o amigo. Desde crianças sentiram que nele havia algo de diferente, algo que chamava atenção e muitas das vezes isso era motivo de piada para algumas crianças. A maneira criativa e imperativa do garoto atraía pessoas com más intenções, o que fazia seus amigos serem mais atentos a tudo que se relacionava ao loiro castanho.

Ingrid, por sua vez, após todo o relato do amigo, passou a semana pensando em como seria se estivesse por perto. Ela sabia que foi embora para seu tratamento, mas também sabia que poderia fazer isso no próprio país, que não precisava aceitar estudar no exterior. Será que na época seria diferente se ela tivesse ficado? Como ela poderia ter ajudado de sem os amigos mais próximos dele não sabiam o que estava acontecendo?

— Ingrid! — A loira se desperta de seus pensamentos dando um pulinho da cama de susto.

— Sua mãe está te ligando em chamada de vídeo — A asiática termina de adentrar o quarto e entrega o celular de capinha rosa.

— Obrigada — Ingrid agradece passando as palmas das mãos no rosto para disfarçar a tensão.

Ela atende sua mãe, que estava muito preocupada com tudo o que tinha acontecido e queria entender um pouco mais sobre o caso. Assim como os jovens haviam se aproximado anos atrás, os pais deles também se envolveram, formando uma amizade e um companheirismo que fortalecia a relação entre os adolescentes.

— Você está bem? — Pergunta, Ágatha, após ver a amiga desligar o celular

— Sim, ela e meu pai já resolveram tudo lá, e logo estarão voltando para o Brasil — Responde, encolhendo os ombros

— Sabe que não é culpa sua o que aconteceu com a família daquele menino, não sabe? — Depois de um silêncio constrangedor, indaga cruzando os braços e se apoiando no batente da porta.

— Eu sei... Vai ficar tudo bem — A loira se levanta, suspirando fundo e sorrindo levemente.

Ela agarra a alça de sua bolsa e a levanta, ajeitando-a em seu ombro e saindo do quarto. Antes de se despedir, abre a geladeira e toma um pouco de água gelada.

— Vai caminhar mais tarde? — Questiona, encarando a morena.

— Não, hoje vou na Casa da Arte, divirta-se procurando um emprego de verão — Se joga no sofá com todo o desleixo e agarra o controle.

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