Capítulo 11 Eu Te Amo Infinitamente

56 5 0
                                    


P.O.V Mônica Sousa

No fundo eu sabia que era ele, eu sempre soube, ele pode ter me engano aquela vez, mas desde o primeiro momento eu acertei. Sinceramente eu não sei porque o Cebola fez o que fez, não entendo seus motivos ou o que se passa em sua cabeça. Às vezes me pergunto se eu o conheço tão bem quanto penso que o conheço. Ele sempre foi ambicioso, esperto e determinado, mas a verdade é que eu não sei até onde ele estaria disposto a ir.

— Mônica. – Chama minha melhor amiga que estava ao meu lado na sala de aula.

— Que foi? – Pergunto com um sorriso, percebo que a expressão no rosto dela era de preocupação.

— Eu te chamei várias vezes, e você parecia nem estar me ouvindo. – Explica ela, e eu fico confusa por ter ouvido apenas uma vez.

— Desculpa, só ouvi agora.

— Tudo bem, amiga. Só estou preocupada com você depois de tudo que aconteceu. – Confessa Maga com um suspiro tristonho.

— Eu vou ficar bem, Maga. Nada que eu já não tenha passado antes. – Dou um meio sorriso.

Olho para a frente bem no exato momento em que o Cebola entra pela porta. Nossos olhares se cruzam e era nítido o quanto ambos, ele e eu, estávamos mal com o que havia acontecido. Cebola estava com olheiras profundas, olhos sem vida, parecia até que suas cinco pontas do cabelo estavam caídas, sem volume.

— Coloquem suas bundas nas cadeiras. – Diz o professor Licurgo entrando pela porta passando pelo Cebola e indo em direção a mesa do professor. – Você também, Cenourinha.

Cebola não retruca, não corrige e nem se dirige ao professor, apenas passa por todos até se sentar em seu lugar de costume. Isso não era do feitio dele, era como se ele não tivesse forças o suficiente para "bater de frente" com ninguém.

Abaixo minha cabeça em meus braços sobre a mesa, o professor poderia estar falando um monte de coisas, mas eu não conseguia focar, nada desviava meus pensamentos daquele garoto que tanto me magoa e que eu tanto amo... Sempre foi assim, ele sempre tentou chamar minha atenção de algum modo, e ao crescermos, eu acabei percebendo que eu amava seu jeito, que eu amava ter ele ao meu lado mesmo me irritando. Eu queria me aproximar dele tanto quanto ele queria se aproximar de mim.

Quando o beijei pela primeira vez parecia que nada mais poderia nos separar, era como se fossemos imbatíveis juntos, mas agora, só consigo pensar no quão imaturos ainda somos. O amor pode ser poderoso e intenso, entretanto, precisa estar preparado para ele, fato que nenhum adolescente está, mesmo que tente enganar a si mesmo.

___¨¨¨___*___¨¨¨___

O dia passou lentamente, mas logo estava na hora de todos saírem da escola. Havia conversado um pouco com as meninas antes de resolver voltar para a minha casa, contudo, ainda não conseguia me distrair. O caminho se torna sem cor misturado com o meu humor, era como se um caminhão tivesse me atropelado.

Pego a chave na minha mochila e abro a porta, assim que entro na casa me deparo com um caminho de pétalas de rosas vermelhas. Meus olhos rapidamente se arregalam em surpresa.

— Mas o quê?! – Sussurro para mim mesma.

Tranco a porta e subo as escadas seguindo a trilha, ela para na frente do meu quarto que estava com a porta fechada. Levo minha mão direita a maçaneta e abro. Uma mistura de surpresa e felicidade me atinge, haviam inúmeros coelhos de pelúcia de todos os tamanhos parecidos com o sansão, eram de todas as cores o que deixava todo o quarto com um aspecto colorido.

O Retorno Do Fantasma VigilanteOnde histórias criam vida. Descubra agora