03. Eu mereço um prêmio por aturar Noah Turner

154 15 11
                                    

 CAPÍTULO TRÊS

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

CAPÍTULO TRÊS

Criatura linda

Tivemos outra conversa sobre

onde estamos errando

Mas ainda somos jovens

Não sabemos para onde estamos indo

Mas sabemos onde pertencemos

Sweet Criature – Harry Styles

Se alguém me perguntasse qual era o último lugar que eu gostaria de estar no mundo, eu responderia sem pensar duas vezes: o jantar em que me encontro nesse exato momento.

Como se não bastasse minha avó passar a noite inteira relembrando os momentos em que Noah e eu éramos crianças, o indivíduo na qual eu não reclamaria se mudasse para o Alasca, se senta à minha frente e passa o jantar todo direcionando sorrisinhos arrogantes e irônicos a mim. E eu nem podia mandá-lo ir à merda. Que noite difícil.

– ... até hoje não entendo como os dois conseguiram quebrar o lustre. – Margot ria ao terminar de contar a história em que Noah e eu quebrávamos o lustre de cristal da sala de sua casa.

Eu queria entender o porquê sempre que estamos reunidos, a nostalgia invade a alma da minha avó. Era sempre assim. Ela puxava um assunto qualquer e acabava em alguma história de quando eu era pequena. E raramente Noah não aparece nessas histórias, marcando presença na maioria das memórias que Margot decidia relembrar.

– Fico envergonhada ao lembrar disso. – Eleonor disse. – Quando cheguei pra buscar Noah e vi os dois no meio de inúmeros cacos de vidro no chão, meu coração gelou.

– Eu fiquei bravo na hora. – Matias comentou. – Mas hoje morro de rir ao lembrar das expressões assustadas dos dois pestinhas.

– Noah ficou de castigo por uma semana. – Verônica falou ao beber um gole de seu vinho tinto.

– Giordana também. – Meu pai riu. – Ela chorou tanto na época que eu pensei que fosse morrer por ficar sem as Barbies por alguns dias.

Soltei uma risada baixinha ao recordar daquela semana e como a pequena Giordana era apegada a suas bonecas. Foi uma semana longa e triste da minha vida.

– Até hoje quero saber de quem foi a ideia. – Mamãe arqueou as sobrancelhas olhando para mim.

Ela tem certeza de que a ideia foi toda minha. Não é possível que ninguém se lembra da peste que Noah era quando criança. Não é possível!

– A culpa foi da Giordana. – Noah exclamou inocentemente. Fingido. – Eu disse pra ela que não seria uma boa ideia jogar bola na sala.

Eu amaria ter um taco de madeira para quebrá-lo na testa de Noah Turner. Como ele ousava mentir na cara dura lembrando claramente que ele que teve a ideia de tentar bater com a bola no teto. A cara nem treme ou fica vermelha quando mente.

Não há ninguém como vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora