Christian Grey
Era a hora de enfrentar mais um dia sem a minha Ana, vê-la outra vez em cima daquela cama e os fios ligando seu corpo para ajudar ela a sobreviver. Eu já quase me matando fisicamente, porque por dentro morria cada dia aos poucos, não aguentando ver a mulher que admitir amar acima de tudo imóvel e, o pior, que é minha culpa.
Eu devia estar ali, morrendo e sem forças pra voltar. No entanto, Ana me salvou colocando sua vida em último lugar para que a minha fosse salva.
Chego ao hospital e vou até a sala de espera, encontrando só minha irmã e Kate, o que é muito estranho. Algo me dizia que aconteceu alguma coisa e não me avisaram, pois quando eu chegava estavam todos aguardando notícias de Ana.
- Oi irmão – diz Mia e eu a abraço.
- Oi cunhado – cumprimenta Kate e dou um sorriso de volta.
- Alguma novidade? – pergunto e elas se olham sorrindo – O que foi?
- Temos uma surpresa pra você – disse Mia e entrelaço seu braço no meu.
Elas me acompanharam pelos corredores do hospital em silêncio e não estava entendendo nada. Detesto mistérios e rodeios quando pergunto alguma coisa, sempre fui direto em tudo. Nem notei que havíamos passado direto da porta do quarto de UTI aonde Ana está inconsciente, Kate e Mia falavam assuntos banais e nem me davam atenção.
Paramos em frente a uma porta diferente, e estavam lá a mãe de Ana, meu pai, Elliot e Cindy.
- O que está acontecendo? – pergunto irritado – Ninguém fala nada.
- Christian, que bom te ver novamente – disse Carla e pousou a mão em seu ombro – Entre. Tem alguém te esperando.
- O que? – pergunto confuso e todos sorriem.
Balanço a cabeça espantando qualquer pensamento ruim ou imaginações aterrorizantes que dirigissem a Ana. Abri a porta do quarto e fui entrando em passos leves, até estar dentro do local e depois fechei a porta.
Quando me virei, a surpresa foi a melhor quando a vi ali deitada e sem os fios colado a sua pele. Meus olhos derramaram-se em lágrimas.
- Christian – disse ela ao me ver e chorando também.
- Ana – disse – Ana... baby.
Me apressei em ir até ela, sentando na sua frente e toquei seu rosto como se tivéssemos ficado longe por anos um do outro. Ela soluça pelo choro, e agarra minha nuca aproximando nossos rostos e as testas coladas.
- Senti falta do seu cheiro, da sua voz e de como me toca – diz ela entre o choro – Christian...
- Shiiiu.... Ana – digo aos prantos – Não pense em nunca mais tentar me deixar, baby. Eu morri um pouco a cada dia que não te via e nem sentia você comigo. Por favor, não faça mais isso – imploro e ela me abraça, acariciando meus cabelos e o meu rosto.
Fico de olhos fechados deixando as lágrimas escorrerem, matando a saudade dela e desse cheiro maravilhoso. Ela se tornou a minha força, meu porto seguro e o motivo para eu ser melhor.
Levanto a cabeça e ficamos nos olhando por segundos, até colarmos os nossos lábios. Um beijo saboroso, apaixonado e cheio de saudades.
- Eu te amo, Christian – disse ela entre o beijo e voltou a me beijar.
- Eu te amo muito mais, Ana – retribuo e sorrimos um para o outro.
Abraço ela e mexo em seu cabelo, logo lembro do anel que comprei para ela e me separo dela. Procuro nos bolsos a caixinha da Tiffany's e a pego.
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Deve ter sido o acaso
RomanceAnastasia Steele se forma na faculdade de Literatura e passa a trabalhar como assistente de Jack Hyde na SIP (Seattle Independent Publishing). Aos 22 anos, independente e sem filhos, curte a vida depois de um relacionamento conturbado com seu namora...