Christian Grey
Finalmente chegamos em casa depois de mais de 6 horas de festa do casamento de Cindy e Blade. Já passava das 2 da manhã e Ana e eu estávamos exaustos, porém isso não deveria acontecer com ela por conta da gravidez.
- Nossa. Meus pés estão doendo demais – reclamou Ana e deitou na cama – Acho que não consigo entrar no chuveiro.
- Com a minha ajuda você consegue – disse e peguei ela no colo, arrancando um grito – Preciso da sua ajuda para lavar meu ombro ferido.
- A é. Esqueci que a minha criança maior precisa de cuidados – disse ela com a língua, como sempre, afiada. Mordo de leve seu pescoço e recebo um beliscão na bochecha – Não morde ai, estúpido.
- Mordo aonde eu quiser, porque você é minha noiva - digo e ela ri.
Coloco ela no chão quando entramos no banheiro e aproximo meus lábios dos dela, mas sou interrompido por um aperto dolorido vindo de seus pequenos dedos.
- Se me morder no pescoço de novo, arrebento sua cara – ameaça ela e torce de leve meus lábios. Por menos que esteja doendo, isso está me excitando pra cacete – Fui clara Christian Grey? – pergunta ela levantando a sobrancelha.
- Foi. Me perdoe, senhora – me faço de cínico e submisso, disfarçando um riso.
- Idiota – ofende ela e me agarra, tomando cuidado com o ombro ferido.
A gente se beija cheio de vontade e sedução, enquanto desço o zíper do seu vestido e deixo o tecido sedoso deslizar sua pele até chegar ao chão. Ana não usava sutiã, apenas calcinha.
Ela tira minha gravata, desabotoando minha camisa e tirando a peça manchada de sangue já seco. Percebi que acariciava o local com curativo, olhando triste por lembrar do pequeno episódio ocorrido no jardim do salão.
- Hey – digo e ela me olha – Não pense mais nisso. Já passou e o que importa é o bem estar seu e do nosso bebê.
- Obrigada, amor – agradece ela e continua da onde parou.
Tiro cada grampo de seus cabelos, desfazendo o penteado e as mechas caindo com sensualmente até o meio das costas. Deslizo as mãos por sua cintura e ela desata meu cinto, abrindo o zíper e tirou junto com a boxer.
Distribuo beijos por seu ombro, entre os seios e chego em sua barriga um pouco volumada pela gestação. Beijo toda a extensão e brinco com o cós da sua calcinha, tirando a única peça que restava e começo a chupar a região íntima. Ana segura com uma mão em meu ombro, enquanto a outra acaricia meus cabelos.
Levanto do chão e volto a beijar sua boca. Ela puxa meu lábio inferior com seus dentes, voltando aos beijos.
- Vou ligar o chuveiro – diz ela e se afasta de mim, entrando no box e liga a água.
Ana me chama e entro no box, abraçando seu corpo por trás enquanto a água morna escorre sob nossos corpos. Começo acariciando seus seios, já ficando maiores pelo leite, puxando os bicos com os dedos e ela se contorce em meus braços. Seu braço passa para trás, capturando meu membro e acariciando a pele.
- Ana – gemo e desço minha mão até sua intimidade, beliscando seu clitóris e penetrando a carne com dois dedos.
- Amor... – ela geme e continuamos a nos tocar. Penetrava seu corpo com meus dedos, acariciando seu clitóris com o dedão e Ana se contorcia esfregando as costas em meu peito – Christian...
- Goze pra mim, baby – peço e provoco mais um pouco seu orgasmo, até que vem violento e eu a acompanho – Agora vou te dar um banho, senhorita Steele.
Viro seu corpo e pego a bucha com o gel de banho, passando por sua pele e lavando cada parte com carinho.
[...]
Depois de um longo banho, estamos deitados em nossa cama e Ana com a cabeça em meu peito. Faço um carinho de leve em seus cabelos.
- O que te preocupa, baby? – pergunto.
- Tudo que passamos – responde ela – Suzannah no meu apartamento. Jack no casamento da nossa melhor amiga te ferindo. As frias palavras dos dois. Parece um filme de terror.
- Lembro do momento que o tiro pegou em você e te segurei nos braços – conto – Deveria ser eu a ficar preso naquele coma, não você e o nosso filho. Só pensava em morrer, toda vez que te via naquela cama sem poder se mover ou falar.
- Mas eu apertei a sua mão, isso prova que mesmo presa a uma escuridão eu te ouvia – disse ela e sorri lembrando desse dia que tivemos a esperança da recuperação dela – Jamais deixaria você, tendo se dedicado tanto ao nosso relacionamento, não seria justo ir embora dessa maneira. Ainda mais com nosso mini Christian a caminho.
Ela pousa minha mão na sua barriga, acompanhando o gesto e ficava tão extasiado com a ideia de ser pai daqui alguns meses. Depois do aborto que Suzannah fez, fiquei depressivo e não pronunciava sequer uma palavra vagando na trágica lembrança.
Passava noites acordados, tendo seguidos pesadelos e a minha mãe era a única que ficava ao meu lado segurando a minha mão.
- Ana Steele, você é o que de melhor aconteceu em toda minha vida – declaro e ela ergue a cabeça, me dando um selinho.
- E faço das suas palavras as minhas, Christian Grey – retribui ela e abraço seu corpo.
- Minha família achava que eu tivesse virado homossexual – digo e ela cai na risada – Pois não apresentei nenhuma mulher depois da outra lá.
- Imagino você com um outro homem... Cristo – ela fala e continua rindo.
- Muito engraçado, Anastasia – digo fingindo estar aborrecido com o comentário.
Ela para de rir e agarra minha nuca, me dando um beijo e acaricia minha bochecha. Ficamos em silêncio, até escutar a respiração calma e leve de Ana. Vejo que ela rapidamente havia pegado no sono, tão serena e parecia um anjo.
- Você me permitiu conhecer o verdadeiro amor, o sentido real da felicidade e me deu algo para lutar – declaro baixinho e acaricio sua bochecha – Me ajudou a enfrentar os meus medos, fez com que eu tivesse amor próprio e ao seu lado sou o homem mais feliz do mundo. Eu te amo, Ana. E prefiro morrer do que viver em uma realidade em que você não exista.
Beijo sua testa e abraço sua cintura, caindo em um profundo sono.
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Deve ter sido o acaso
RomanceAnastasia Steele se forma na faculdade de Literatura e passa a trabalhar como assistente de Jack Hyde na SIP (Seattle Independent Publishing). Aos 22 anos, independente e sem filhos, curte a vida depois de um relacionamento conturbado com seu namora...