Capítulo 6: Narcisa.

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O último aluno saiu da sala, sem ao menos prestar atenção em Draco, o loiro acompanhou o movimento da saída do garoto pela porta, e quando finalmente ele e Harry estavam sozinhos, ele mecheu em seus dedos nervosamente e disse.

— Muito obrigado, professor. Por... por ter me ajudado. — O loiro fala. Sua confiança que tanto nutriu durante dezoito anos, parece não estar mais ali. Isso acontecia às vezes, havia momentos que sua confiança estava nas alturas e ele sentia como se pudesse fazer o que quisesse a hora que quisesse, como quando vencia uma discussão com Cedric. E outras vezes ela desaparecia em questões de segundos, como todas as vezes que estava no mesmo cômodo com seu pai, pois se sentia fraco e indefeso.

Com Theodore no fundo da sala, sem poder se defender já que sua ameaça havia acertado um ponto específico em sua memória, despertando sentimentos detestáveis, e fazendo com que ele se sentisse inútil e fraco, aquilo sim havia consumido toda a sua confiança por inteiro.

E agora estando com Potter ali, tocando naquele assunto, vamos dizer que o loiro não conseguia se sentir cem por cento confortável.

Potter olhou para o loiro a sua frente olhando para seus dedos nervosos, e foi quase automático a preucupação percorrer seu peito. O mini Malfoy tinha se mostrado ser cada vez mais diferente de seu pai, e estar ali perante a ele daquela forma, logo que aparentava ser um garoto tão confiante risonho e extrovertido. De alguma forma aquilo mecheu consigo, e Potter desejou que Rony quebrasse vários ossos daquele filho da puta.

O moreno levantou da sua mesa indo na direção do loiro, e levantando seu queixo com a ponta dos dedos, fazendo com que as orbes azuis do garoto se fixarem nele.

— Não precisa me agradecer, Draco. eu fiz o mínimo. Você está bem? — Draco notou que no tom da voz de Harry se esbanjava preucupação. E que os olhos verdes não pararam de o fitar como se estivesse procurando algum sinal de que Nott havia o machucado. Malfoy Sorriu mínimo e assentiu, fazendo com que os dígitos de Potter acabassem se distanciando do rosto delicado do loiro.

— Sim, eu estou bem. — Draco murmurou, e então se levantou se dando conta que já havia perdido bons minutos do seu intervalo. — Eu tenho que ir. Mas obrigado de novo. — o Loiro disse se sentindo um pouco melhor desde o ocorrido, o loiro da um pequeno beijo perto dos lábios de Harry e se despede, enfim saindo da sala de aula para aproveitar seu intervalo.

E mais uma vez Potter observou Draco sair.

[...]

Draco já não tinha mais aulas com Harry Potter naquele dia, e o dia se seguiu sem mais eventos extraordinários, se bem que depois de ter passado por um assédio vindo do seu ex namorado, sua cabeça estava tão nas nuvens que mesmo se acontecesse mais alguma coisa, Draco não iria notar.

Malfoy não contou sobre nada que havia acontecido na aula para seus amigos. A vergonha preenchia fortemente o seu peito, além de que não queria levar sermão de seu melhores amigos por ter ao menos conversado com Theodore. Draco sabia que seus amigos não iriam culpá-lo pelo o ocorrido, mas mesmo assim sabiam que eles ficariam com o olhar de "eu te avisei.", e Draco particularmente odiava quando esse olhar era direcionado a ele.

A ameaça de Nott ecoou várias vezes na sua cabeça.

Você vai ficar quietinho, e vai fazer o que eu te mandar fazer, ou se não, eu conto para todo mundo o que eu vi na sua casa naquele dia.

The máfias || Drarry Onde histórias criam vida. Descubra agora