Página 12

0 0 0
                                    

 Aos poucos Murphy acorda com um brilho excessivo em seus olhos, vários passos e barulhos ecoa do lado de fora, ela sente uma forte dor em seu rosto como se alguém á acertou com um pedaço de madeira, dois caras se aproximam lentamente, um deles pressiona seus braços contra o chão enquanto o outro se posiciona bem em cima dela tentando brutalmente tirar sua calça. EJ se contorce aflito no chão com um dos homens pisando em suas costas, seu nariz sangra excessivamente, dando a entender que um desses caras o bateu. A garota tenta se soltar recebendo mais um soco em seu nariz, com o sangue excessivo ela luta para voltar a respirar, tossindo várias vezes.

— Murphy, eu não consigo respirar... eu, não... — EJ solta um grito desesperado, tentando puxar o ar pela boca. Um uivo canino se alastra pelo local, fazendo a garota perceber que Aiden foi pego também.

— Sai de perto dele! — ela grita se referindo ao irmão tentando se soltar mais uma vez.

— Cale a boca, caralho! — diz o homem que está em cima dela. — Ou você quer apanhar mais? — ele solta um grande sorriso amarelo para Murphy.

— Vá se foder. — exclama a garota cuspindo sangue em seu rosto.

— Não seja mal educada e fique quieta, tem muitos caras esperando a vez na fila. — ele limpa o sangue voltando a atenção sobre a calça, mas Murphy continua se contorcendo. Frustrado ele ergue cuidadosamente a blusa da garota, passando uma lâmina afiada levemente em sua barriga, fazendo um corte parcial, mas a alegria em seu rosto logo muda drasticamente quando percebe a recente ferida se fechando em segundos.

— Então os boatos são verdadeiros. — ele diz sorrindo para o amigo. — A encontramos.

— Se ela for, quem achamos que é... significa que ela vale toneladas de suprimentos, então não precisaremos mais invadir outros assentamentos atrás de comidas, certo? — pergunta o cara que está pressionando as costas do EJ.

— Melhor que isso, camarada. Entregando ela para as pessoas certas, teremos todas as fronteiras abertas até o resto de nossas vidas. — ele se levanta soltando uma alta gargalhada. — Não precisaremos mais morar nessa merda.

— Ahm, esqueceu que faz tempo que todo o planeta é uma merda? — pergunta Murphy ironicamente.

— Se você acha, por que saiu do bunker? — o homem volta a atenção a garota, se abaixando novamente ele há agarra pelos cabelos erguendo a menina até o seu rosto, pressionando a lâmina em sua bochecha. — Ou eles te mandaram para cá para morrer também? — antes que ele possa cortá-la, um agudo grito de desespero escoa pelo estabelecimento, seguido por um grunhido feroz. Aiden havia se soltado e atacado metade do grupo que se mantinha do lado de fora, entrando brutalmente na loja ele ataca o homem que mantinha os braços de Murphy presos, a garota aproveita o ataque depositando um golpe certeiro de suas garras no pescoço do homem que havia lhe cortado o fazendo cair no chão, vários tiros rasgam o ar, levantando em segundos a garota pula em cima do homem que mantinha EJ preso, o esfaqueando várias vezes. Murphy ergue EJ rapidamente do chão limpando com a manga de seu casaco o sangue que escorria de seu nariz, o garoto luta para recuperar o fôlego que havia lhe faltado.

— Você está bem? — pergunta a irmã, passando várias vezes a mão sobre o cabelo cacheado do pequeno. Se acalmando do susto, EJ não se sente seguro de responder firmemente o fazendo balançar a cabeça em negação. Com o resto do grupo entrando brutalmente no estabelecimento, Murphy começa a visualizar a loja até ver uma porta que há nos fundo, "Essa pode ser a nossa única saída" pensou ela, puxando EJ ela corre até a porta, sem saber onde dará a saída os irmãos adentram à escuridão.

A lei de Murphy - O labirinto do arquitetoOnde histórias criam vida. Descubra agora