Eminente

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Oi meus anjinhos, preparados para conhecer um pouco do passado do Jimin? O capítulo pode conter gatilhos,  dermatilomania e assédio, se você for menor de 16 anos por favor esteja ciente do que está lendo.

Não se esqueçam de dar a estrelinha e comentar, boa leitura.

🩰~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~🩰

   A história de Narciso ou o autor admirador, como preferir, é um tanto quanto famosa. Para quem não sabe, Narciso é um  mito antigo da Grécia e ele é mais ou menos assim. Narciso era um homem muito belo, alguns dias antes do seu nascimento seus pais resolveram consultar o oráculo Tirésias*,  foi revelado que o garoto teria uma vida longa, mas ele não poderia olhar o próprio reflexo. Quando Narciso cresceu, ele passou a ser desejado por todos, homens e mulheres, mas acontece que o garoto era muito arrogante e orgulhoso. Chegou uma época no qual as ninfas passaram a admirá-lo também, inclusive Eco*, ela amava Narciso como ninguém, mas ele desprezava a ninfa. As mulheres rezaram aos Deuses para que elas pudessem se vingar de Narciso, atendendo aos pedidos a Deusa Némesis* condenou o homem a se apaixonar pelo próprio reflexo na lagoa de Eco. Alguns dizem que Narciso morreu afogado tentando alcançar a própria imagem e que Afrodite o transformou em uma flor, nesse caso, chamado Narciso.
  
   Jimin aos seus dezoito anos era considerado o cara mais lindo de toda Busan, os cabelos negros, a pele leitosa, os delicados olhos castanhos e tudo isso combinado a um incrível cheiro de livros. Os pais de Park também sempre apoiaram ele com o sonho de ser um grande dançarino, mas ao longo do tempo foi submetido a coisas horríveis.
Antonella, ou megera como o ômega preferia chamá-la, era sua professora de dança particular, uma alfa pra ser mais exato que veio da Itália, não era comum lobos daquela classe fazer ballet lírico, mas Jimin cresceu aprendendo que todos deveriam seguir seus sonhos e Antonella tinha um ótimo talento para dança, às vezes parecia até mesmo uma beta, se não fosse pelo tamanho e por seu cheiro poderia se passar muito bem por uma ômega. Mas o que Park não sabia, era que a perfeição da mulher lhe levaria à exaustão e quase a morte.

— Cuidado com a cabeça Park, não olhe pra cima demais e nem para baixo demais, levante um pouco o queixo, se sua cabeça pesar ela irá te atrapalhar.

   Jimin se levantou nas pontas da sapatilha, fazendo exatamente o que a mulher mandava.

— Encaixe esse quadril. — A mais velha se aproximou do ômega, colocou uma mão em sua bunda e a outra em sua intimidade de forma totalmente desconfortável para o mais baixo. — Bunda empinada, pélvis  para frente. — As mãos deslizaram sobre o corpo de Jimin. — Não deixe sua lombar se curvar.

   Se afastou do moreno e permitiu que ele voltasse a dançar agora sem suas mãos em si, o que arrancou um suspiro de alívio do ômega.

— O QUE ESTÁ FAZENDO JIMIN. — A mulher usou a voz de alfa, fazendo Park tremer. — Encolha a barriga, não consigo ver seus ossinhos da costela e você não está a fechando ao prender o abdômen. — Antonella bufou. — Vamos parar por hoje e tente não comer, bailarinos em geral não tem a bunda grande.

   E se posicionando atrás do ômega alisou seus glúteos, Jimin deu um pulo, se afastou da mais velha, juntou suas coisas rapidamente, se curvou e saiu da sala de dança. O ômega correu para o banheiro quando sentiu as lágrimas escorrerem, não gostava de ser tocado daquela forma, pelo menos não quando não era permitido por si, Jimin entendia que era necessário algumas vezes, para a mulher o colocar na posição correta, mas ele também tinha certeza de que ela não deveria alisá-lo como havia fazendo.

— Park? — Rocky o chamou, um velho amigo. — Está aí?

— Já estou saindo.

   Gritou de volta para o amigo, se lavou e trocou de roupa, tinha colocado um cropped na bolsa, mas depois da fala da professora, achou que seria melhor usar o grande moletom que havia levado. Se encarou no espelho, jogou os cabelos pra trás, mordeu os lábios os deixando mais avermelhados, sorriu para si mesmo, era bom em esconder os reais sentimentos e ele estava lindo, maravilhoso, perfeito, fantástico, sublime, ou melhor, Park Jimin estava eminente.

A última dançaOnde histórias criam vida. Descubra agora