Capítulo 26

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Oie, passando pra te desejar uma boa leitura.
Ah, não esquece de conferir a fotinho na mídia.
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O fôlego já estava em falta, alguns quilômetros haviam sido percorridos pela longa rua e depois para dentro da floresta.
Mesmo com a luz do sol ficando mais forte a cada minuto a mata densa impedia que ela chegasse até nós.

-Gente, acho que despistamos eles.

Falei me escorando a árvore mais próxima, tentando respirar o ar que parecia ter se esvaido do ambiente.

-Não para S/n!

Ouço Aidan dizer, mas não o enxergava por completo.
A visão estava embaçada, a pressão baixa por conta da falta de oxigênio no sangue.

-Estou sem ar.

O garoto agarrou-me a mão olhando em meus olhos.

-Força S/a, estamos chegando.

-Tenho a impressão de que vocês esquecem, as vezes, que não tive o mesmo treinamento, sou sedentária.

Ele ri contrariado, me puxando para correr novamente.

-AQUI!

Gritou Maycon da beira de um extenso lago, apontando para o píer de madeira que se alongava por uns 200 metros.
Na outra ponta da passarela havia um pequeno barco à vela pintado de um azul esverdeado.
Os gritos raivosos dos nossos perseguidores aumentavam gradativamente, porém eles estavam invisíveis na floresta escura.
O primeiro garoto já estava dentro da embarcação náutica nos esperando.
Aidan pulou para dentro da mesma  me estendendo a mão.
Estiquei a minha também, mas quando estava para pular vi meu reflexo turvo na água cristalina.
A aflição começou a tomar conta de mim, a respiração sufocada e q garganta trancara.
Centenas de cenas passavam em minha cabeça na velocidade da luz, uma mais angustiante que a outra.
Uma das quais captei era em uma praia, toda minha família na beira do mar, eu não devia ter mais de 10 anos.
Aquele passeio desastroso ficará gravado em minha memória.
A onda gigantesca me cobrindo por inteira, um surfista distraído passando com a prancha por cima de mim e centenas de litros de água salgada descendo pela minha garganta.
Depois do incidente fui parar na emergência do hospital mais próximo, afogada e intoxicada pelas bactérias contidas na água e com um corte na cabeça, onde a prancha de surfe acertou, com quase 7 pontos no meio da testa.
Os médicos ficaram preocupados com meu quadro clínico, mas me curei com uma velocidade fora do normal, coisa que até hoje não tivera explicação.
Até que saio de meus devaneios com o protesto de Maycon.

-Tá esperando o que S/n?! PULA!

Meus olhos ainda estavam vidrados no reflexo espelhado.

-S/n, olha pra mim.

Ouço Aidan pedir gentilmente.
Levantei a cabeça devagar, já sentia meus olhos quentes, prestes a desabarem em cascatas.
Sua voz me acalmava.

-Minha querida S/n, por que está fugindo? Não gosta mais da gente?

As falsas palavras vinham de Mary, que saíra do meio dos arbustos e andava lentamente pelo píer.

-S/n, você precisa pular, não se preocupe eu estou aqui e vou te segurar.

Seu olhar era verdadeiro e me passava segurança.

-No três?!

Perguntou-me e balancei a cabeça segurando as lágrimas.

-Um...

Mary chegava cada vez mais perto e aumentava a velocidade com que andava.

-Dois...

Segurei sua mão com mais força, flexionando os joelhos.

-Três!

A mulher correu, saltando em seguida para tentar me agarrar pelos cabelos. No mesmo instante me atirei para dentro do barco, tropeçando na beira do mesmo e caindo em cima de Aidan.
As lágrimas finalmente rolaram pelas bochechas, com os soluços ecoando alto.

-Calma, já passou.

O garoto disse, passando as mãos por meus cabelos.
O barco estava velejava rapidamente para longe da margem do rio.

-Agora sai de cima de mim, por favor, acho que quebrei algumas costelas.

-Desculpa, - ajudo ele a se sentar - desculpa mesmo.

-Estou bem.

Fala rindo já recostado na lateral do barco. Sentei-me ao seu lado e ele passa um dos braços pelo meu ombro, fazendo com que me aconchegasse nele.

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Eai, o que acharam do capítulo?
Comentem pra eu poder saber.
Um beijo e até o próximo capítulo, FUI...

CAPÍTULO REVISADO

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