Capítulo 22

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Oie, passando pra te desejar uma boa leitura.
Eu querendo matar vocês do coração só com a foto hehehe.
Por favor não queiram esganar a autora 😁
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Entramos no carro um atrás do outro. Prendi meu cinto e Aidan também, mas o garoto no banco de trás não se importou muito, ainda estava de cara fechada olhando para o lado de fora do carro.

-Para onde vamos agora? Não acho que seja seguro voltar lá por enquanto.

Falo pensativa e Maycon me olhava irritado.

-Não! Temos que ver se meus pais estão bem e se a Emma voltou.

-Hey, não precisa gritar com ela Maycon. - Aidan o repreende - Vou passar perto da casa, mas se qualquer coisa estiver fora do normal, fique sabendo que não colocarei nós em risco.

Concordamos com um aceno e o mesmo da a partida no carro. Saindo pela estrada que havíamos chegado.
Minha cabeça estava escorada no vidro da janela, a neblina da manhã escondia o caminho do qual percorríamos, fazendo com que Aidan andasse muito devagar.
A cada metro trilhado eu ficava mais nervosa.
Três adolescentes, encarregados por cuidar de algo que nem entendíamos direito
E se tudo desse errado?
E se não estivéssemos fazendo a coisa certa?
E se a gente morresse?
Ou pior.
Acabarmos matando outras pessoas pelos nossos erros.

Mas lembrei da pessoa que estava ao meu lado lado neste momento e que estaria quando eu precisasse.
O olho sorrindo e ele deixa as covinhas à mostra sem tirar os olhos da estrada.
Apertou o volante com tanta força que sua mão empalideceu, a respiração pesou, as sobrancelhas quase coladas de preocupação.

-Está tudo bem Aidan?

Ele balança a cabeça um pouco tenso.
Chegamos a uma rua asfaltada, saindo da floresta, porém ainda estávamos longe de outras casas, lojas ou qualquer tipo de vida humana.
Virei-me para trás, olhando Maycon.
Cansada do silêncio perturbador faço a primeira pergunta que me vem a mente:

-Você acha que a Emma tá bem? Estou preocupada.

-Ela sabe se cuidar, - falou com a voz arrastada - só parece, mas aquela garota não é nem um pouco frágil.

Penso no que poderia falar para continuar a conversa que havia morrido na mesma velocidade em que havia começado. Somente o carro  estava em alta velocidade.

-Quantos frascos ela te deu ?

O garoto abre a bolsa depositada ao seu lado e começa a contar.

-1... 2... 5... 7! Um pra cada.

-Posso ver? Você sabe o que exatamente é isso?

-Suspeito que são algum tipo de feitiço, talvez algo que melhore nossos...

Quando estava prestes a segurar as alças da mesma ouço um grito estridente. Levo minhas mãos involuntariamente até os ouvidos e mesmo assim o grito ainda era ensurdecedor.
O carro é freado bruscamente e somos lançados pelos ares.
Tudo parecia em câmera lenta.
Vi a bolsa dançando entre nós com todos os frascos caindo para fora. Maycon batendo contra o teto do veículo por estar sem o cinto.
Já Aidan parecia que não estava ali, seu corpo se encontrava totalmente paralisado. Seus olhos brilharam num verde esmeralda. Ele parecia estar preso num transe.
O pesadelo não tinha fim.
Até que  o carro terminou de girar no ar, caindo no cimento frio com as rodas voltadas para o céu cinzento.
A carcaça toda danificada, faróis quebrados e vidros fragmentados.
Puro caos.

-GENTE! VOCÊS ESTÃO BEM?

Grito batendo em minha porta, mas estava emperrada e não moveu um centímetro.

-S/n...

Escuto Aidan sussurrar com dificuldade.

S/n- Aidan... por favor, acorda. Você está bem?

Chuto a porta novamente com os dois pés.

-Acho que sim - ele leva a mão até uma das pernas gemendo de dor - merda!

-O que foi?

Pergunto preocupada.

-Vidro da janela... Na minha perna.

Puxou um grande caco cravado em sua coxa, mordendo o lábio para sufocar um grito de dor. Jogou o objeto longe com a mão manchada de sangue.

-Tem jeitos mais fáceis de fazer isso
S/n.

Falou enquanto eu chutava a porta insistentemente.
O olho confusa, o suor escorria por meu rosto.
Ruídos baixos ecoavam perto dali, tempo depois vejo grossas raízes de árvores adentrarem o carro, se envolvendo nas ferragens que haviam restado e puxando-as sem grande esforço.
Tiro meu cinto, caindo em cima dos cacos de vidro.

-Vai com calma aí.

Aidan fala rindo atordoado.
Saio rastejando pelo farelo que furava minhas mãos e joelhos.
Dou a volta no carro, mancando e me apoiando para não cair.
Ajudo Aidan a tirar o cinto, puxando o mesmo até o acostamento.

-Por favor não durma, fique aqui sentado e conte... Conte até 100.

Ele acena para mim e começa a contar.
Chego perto de uma das portas arrancadas, abaixando-Me o suficiente para enxergar Maycon.
Que estava desacordado.

-Maycon, - sussurro - Maycon fala comigo. Você está me ouvindo?

Começo a chorar sem controle pensando no pior.
Se ele estivesse morto a culpa seria minha, por não fazer nada para ajudá-lo com seus problemas e nem ter sido atenciosa o suficiente com o mesmo.
Estico-me o máximo que podia, agarrando o garoto pelo moletom e puxando para perto de mim.
Quando já tinha conseguido tirar metade de seu corpo de dentro do carro coloco meu ouvido em seu peito, meus cabelos carmesim caíram em seu rosto e sujei sua roupa com o sangue de um corte causado pelo vidro estilhaçado.
Tentava apurar minha audição, mas no desespero não ouvia nada. Parei por um instante, respirando fundo e tentei novamente.
Escutando os batimentos.
Estavam presentes, eram leves... sussurrantes... mas encontravam-se ali.
Suspirei aliviada.
Levanto olhando ao meu redor.
Avistou meu celular perto de onde Aidan estava.
Peguei o mesmo, discando o número da emergência na tela quebrada.
Pedi que mandassem uma ambulância para o local do acidente, dizendo que dois de nós estavam muito machucados.
Sentei-me ao lado de Aidan desligando o aparelho e o atirando pelos ares, já estava todo quebrado mesmo.
Ao abraçar meus joelhos e abaixar a cabeça, sinto Aidan colocar uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

-Sem querer te deixar mais estressada, mas... Você sabe que não temos dinheiro suficiente para pagar as despesas do hospital, né?!

O olho e sorrio de canto.

-Claro que sei. Pode ficar tranquilo, tenho seguro do intercâmbio e qualquer coisa é só falar que eu estava dirigindo. Eles são obrigados a cobrir os gastos de vocês também.

Ele solta o ar que estava prendendo de medo e volta a olhar o estrago feito.
Vejo algo brilhando na grama ao lado da estrada, levanto-me com dor chegando mais perto do objeto que resplandecia.
Eram as poções de Rose.
A bolsa estava aberta e os frascos de vidro esparramados próximos a ela.
Juntei os quais não haviam quebrado, somente quatro, guardando na bolsa e pendurando-a em meu ombro logo em seguida.

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Eai, o que acharam do capítulo?
Comentem pra eu poder saber.
Um beijo e até o próximo capítulo, FUI...

CAPÍTULO REVISADO

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