|CAPÍTULO 06 |

978 162 30
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.







O peso indescritível dele está sobre meu corpo enquanto de forma desesperada tento gritar por socorro. Minhas mãos se debatem enquanto tento esmurar seu peito forte, os gemidos de prazer que saem por sua boca provocam uma náusea nunca sentida antes, seu membro machuca minha intimidade que já se encontra molhada por meu próprio sangue. Mesmo  no breu da cabana abanada é possível ver seus dentes brancos.

— Por favor me solta — imploro por sua piedade enquanto as forças do meu corpo diminuem a cada esforço que faço para tirá-lo de cima de mim, meu corpo todo dói por causa do tombo que levei e o pé pelo qual tropecei está tão dormente que mal posso senti-lo. — Me solta, eu te imploro.

— Tão gostosa igual a vadia da sua mãe.

Para! — um grito estridente sai da mim enquanto desperto num súbito, a respiração ofegante, o suor percorrendo minha coluna e minhas têmporas e as mãos tremendo. Se acordar assim não fosse um hábito eu podia achar que estou doente, o que não é o meu caso pois tenho pesadelsos semelhantes nos últimos quatro anos, não sempre, mas tem dias que as memórias do passado me assolam enquanto durmo.

Olho meu pequeno dormindo serenamente alheio a todos os fantasmas que me assombram, o sono dele é tão pesado que me admira que ele não escute todos os meus gritos quando desperto de um pesadelo, mas de forma inconsciente ele sempre me abraça quando me debato na cama. Se ele soubesse que o dia em que foi concebido é o dia que mais quero apagar da minha memória.

Lembro que quando acordei naquela cabana o dia já estava amanhecendo, meu vestido tinha uma das alças rasgada e um dos meus pés não calçava mais aquela sandália de salto.
Eu estava cansada e com frio que tremia toda, mesmo com o verão escaldante do Texas. O homem que destruiu a minha inocência não estava mais lá, na verdade não tinha sobrado nenhum indício de que ali esteve algum homem me abusando.

Por isso ganhei força e por conta própria eu caminhei pela estrada de terra abatida que iria me levar direto para casa, deviam ser umas quatro da manhã, essa hora já tinha pessoas circulando, a população texana acorda muito cedo. Após minha interminável caminhada eu finalmente estava em frente ao pequeno portão da casa da tia Katy, a casa estava em silêncio como sempre, apenas a luz da sala estava acesa.

Naquele momento eu rezei a Deus para que ela não brigasse comigo por ter chegado no dia seguinte porque minha mente estava esgotada demais para  ouvir ela gritando comigo e me comparando com minha mãe como todo mundo fazia, não ia me fazer bem naquele momento. Mas ni final eu tomei coragem  e destranquei a porta de casa com a chave reserva que ficava de baixo do tapete, porque a minha chave tinha ficado na minha bolsinha que por sinal eu deixei cair em algum lugar quando aquele homem me carregou a foeca.

A passos temerosos eu finalmente entrei na sala e minha tia estava dormindo no sofá, ela deve ter me esperando a noite toda, fiz o mínimo barulho possível para não acorda-la passei por ela e corri para o meu quarto e tomei um banho bem longo, esfreguei meu corpo com tanta força que fiquei cheia de manchas vermelhas espalhadas, eu tirei o cheiro dele do meu corpo, mas não da minha cabeça pois o toque dele vive em mim até os dias de hoje.

Caminhos Cruzados: O CEO e Eu - Livro 1 [degustação] Onde histórias criam vida. Descubra agora