• O Rapaz da Porta do Lado •

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I'm back bitches!

Um aviso antes de começar esse conto: Ele foi inspirado em um curta (de mesmo nome) que eu achei no YouTube e que fiquei INDIGNADO porque não achei os atores no Instagram. Amei demais e, como eu estou passando por uma crise existencial GIGANTESCA é o melhor que posso fazer. ... tenham paciência comigo.
Bjs.

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PARTE UM

Mesmo com dois casacos no corpo, Gustavo não conseguia espantar o frio. Parecia algo que vinha de dentro para fora, como se seu corpo estivesse congelando e congelando seus órgãos e seu sangue para depois, sua pele. Ele tremia e batia os dentes, mas tentava não demonstrar isso enquanto caminhava. O lugar onde está, uma rua quase deserta com apenas alguns postes acesos, era um lugar onde se precisa andar depressa. Seus pés doíam e estava tão frio que ele podia jurar que até suas bolas estavam congelando.

Depois de cinco minutos andando ele entrou em um 24 horas que estava aquecido. O homem ao balcão o olhou desconfiado. Gustavo já estava acostumado com os olhares que recebia, sejam de nojo ou de desejo. Era como se todas as pessoas ao redor dele pudesse farejar o que sentia, farejar seus medos e seus segredos. Ele se apressou em pegar uma barra de chocolate e pagar para ir embora. Diamante negro era seu chocolate preferido e ele não dividia com mais ninguém.

Era também uma recordação persistente do seu passado, mas que ele se recusava lembrar agora. Continuou a andar e em poucos minutos Gustavo estava no Hot. A boate. A boate mais falada e frequentada da cidade e, se ele fosse justo, a mais cara. Quem, em sã consciência, pagaria quase oitenta reais em um único copo servido direto na boca? Quem fazia isso?

Mas aquele não era um lugar para se fazer perguntas. Nem ter respostas. Nem ser feliz. Era um lugar para onde garotos iam quando todas as outras portas se fechavam. Sendo justo de novo, Gustavo lembrou a si mesmo que sempre poderia tentar de novo. Ele é loiro, mesmo que não verdadeiramente. E seus olhos tem um belo tom castanho, quase uma mistura de terra molhada e mel. Ou qualquer coisa assim. Seu corpo era bonito, sua voz macia e sua dicção ótima. Ele tinha atributos, era a conclusão, mas já foram tantas decepções que ele colecionou ao longo da vida que o "tentar de novo" parecia gasto, como uma foto velha. Quem quer tentar de novo quando o fundo do poço parece tão confortável?

Sorrindo ele entrou na boate e foi para o quarto onde os garotos estavam.

Ele só tinha um amigo aqui. Lázaro. Um homem com traços asiáticos e com lábios bem desenhados e com um senso de humor maravilhoso. Eles se adoraram desde o dia em que Lázaro o tinha salvado de alguns bêbados que quase tiraram sua roupa na rua. Lázaro usou uma garrafa quebrada e ameaçou matá-los e ainda persegui-los no Inferno. Foi um dia desastroso de todas as formas para Gustavo e, mais que isso, era um dia de medo, de tremor dentro de si e de lágrimas. Nem mesmo a amizade de Lázaro consertou aquilo, mas ajudou, é verdade.

Seu amigo não estava no quarto com os outros. Quem está aqui é Ken, Elias, Josué e outros. Eles não se davam ao trabalho de conhecer Gus totalmente, porque o achavam muito "histérico" em dias em que eram desastrosos e muito "esquisito" em dias que eram calmos. Ele tinha essa duas versões de si.

— Algum de vocês viu Lázaro?

Sua pergunta pairou no ar e ninguém a respondeu; ele estava acostumado com isso também. A ser ignorado.

A verdade é que Gus estava acostumado com tantas coisas que não deveria...

Lázaro irrompeu no quarto e, falando muito alto, disse:

• Os Garotos do Hot • (CONTOS ERÓTICOS | Livro Extra dos Irmãos Laurent)Onde histórias criam vida. Descubra agora