O nascer de uma chama

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POV HOTARO

Horas atrás:

Acordo em um quarto escuro e com um forte cheiro de morango com chocolate, é viciante e também me sinto tão confortável com algo em meus braços. Algo macio e fofinho com um pelo tão gostoso de se acariciar.

- Nhhmmg- ouvi um resmungo ao meu lado e um baixinho arroto.

Me lembro muito bem de no meio da noite não conseguir dormir, e então vim para o quarto do pequeno raposo Didi, mesmo sendo contra as regras colocadas pelo pai do alfômega, eu não ligo.

- Para de apertar Hotaro- reclamou o alfômega- eu deixei você dormir aqui.. não ficar me apertando até quebrar alguns ossos meus.

- Okay baixinho- afrouxeium pouco minhas patas e coloquei meu queixo entre as orelhas do alfômega.

A respiração do pequeno se aquietou ainda mais e sua patinha apertou e puxou meus pelos do rosto enquanto soltava alguns suspiros e grunhidinhos fofos.

Cobri o corpo do raposo com minha cauda até que o mesmo se enrolasse na minha cauda e voltar a pegar no sono com calma e fofura extrema.

Algumas horas depois:

Acordo novamente no mesmo quarto, escuro, cheiroso e quentinho quarto que eu dormia. Dessa vez a luz da lua iluminava o quarto pela janela dando uma vista vela da pequena vizinhança bem arrumada e com cada casinha diferente, com quintais pequenos mas com flores com tantas cores que brilhavam a noite como pequenas estrelinhas cheias de vida e com aroma delicioso.

Me sentei na cama com as pernas para fora e em seguida me levantando e indo até a janela sentindo a leve brisa vindo de fora. A vizinhança daqui e bem calma, essa parte de Nova Furrenvile e tão calma que o silêncio chega a ser chato, mas noites assim geralmente tem alguns sons, como as músicas leves e calmas vindas das casas dos casais de velhinhos com casamentos prolongados que acordam a essas horas para poder aproveitar com seus parceiros ou parceiras, ou os filhotinhos de raposas que corriam pelas ruas por preferirem ser noturnas.

Pela janela dava pra ver o quintal e a rua pela altura do segundo andar e a vista de um pequeno parquinho com as luzes acesas para que os pequeninos não se machucassem por mais que tivessem visão noturna. Os pequenos filhotinhos em sua grande maioria eram raposas de várias espécies, tinha dois tigres, cães principalmente Goldens e gatos pretos ou rajados com exceção de um pequeno filhotinho que era um gatinho siamês que parecia meio vesguinho e de olhinhos azuis. 

Sorria bobo olhando aqueles pequenos seres ainda tão inocentes e que fazem qualquer um se derreter naquelas risadinhas tão graciosas que mostram tanta inocência.

- Nhaa- Diego resmungou ainda mais alto, sim, ele faz isso sempre, como sei? Segredo hihi.

Olhei para o raposinho e vi que o mesmo estava com uma pelúcia de raposa primitiva (ou seja, raposas que andam de quatro patas e não falam) e cobria a mesma com a cauda como se fosse seu pequeno tesouro - Me aproximei do raposo- seu pequeno filhote. Acariciei o rostinho do alfômega e beijei sua testa, baguncei ainda mais seus fios e cobri até sua cintura com uma manta, mas ainda sim deixar descoberto uma parte para poder ficar equilibrado entre frio e calor para que ele não acorde.

Vesti uma calça e um sapato, uma camisa e uma blusa e por fim peguei minha bolsa e minha chave (Diego fez uma cópia da chave para mim) por fim peguei meu celular e coloquei meus headphones, sai do quarto e fechei a porta com calma.

Sai da sala de estar e por fim o quintal da frente aonde fechei o portão e o tranquei como estava e comecei meu trajeto até minha casa. Um caminho um pouco longo mas pode ajudar a queimar as calorias extras que ganhei por Diego estar testando novas receitas, obviamente todas estavam ótimas, e seu sorrisinho amolecendo-me.

Em Busca de Um Amor Eterno.Onde histórias criam vida. Descubra agora