Seis - O Empata - Ficção LGBT

Capítulo 13

- É um prazer conhece-lo majestade. – O governador Troy falou ao receber o rei e a general.

- Vejo que o senhor sabe o motivo de minha visita, já que está trazendo o que me pertence. – O Rei apontou para Lugh.

- O senhor está enganado majestade. Esse não é o vidente que o senhor busca e mesmo que fosse, nosso povo não aceita a escravidão, pessoas não são objetos.

- Ele não é uma pessoa, foi criado em laboratório seguindo minhas especificações. E você acabou de deixar claro que sabe o que procuro. Entregue-o e não teremos problemas.

- Majestade! – Siv tentou deter o rei.

- Eles estão tentando me tirar o que é meu, general. Sua obrigação é defender seu povo, seu rei.

- Como eu tentei explicar, majestade, esse não é o vidente, esse rapaz é um betazóide.

- Não tente me enganar governador, eu conheço o produto que me pertence.

- Eu poderia dizer muito prazer majestade, mas seria mentira. Então vamos lá, eu não sou ele, meu nome é Lugh e sou um betazóide. A dra. Fenris usou meu DNA para cria-lo, por isso sou parecido com os cinco anteriores e com o Kaled, claro.

- Quem é Kaled? – Siv não conseguiu se conter.

- Ah, o Seis general. Esse é o nome dele. É, de verdade, um prazer conhece-la.

- Vocês são bons em criar histórias pelo visto. Me entregue o que é meu, governador.

- Mesmo que eu quisesse fazer isso, o que não é o caso, o rapaz não está comigo, esse não é ele.

- Não me provoque governador. Eu tenho trinta naves prontas para atacar, basta um comando meu.

- O senhor cometerá um grande erro. Um erro fatal na verdade. – Lugh falou cinicamente.

- Você me pertence, então me respeite!

- Nem eu e, muito menos o Kaled, pertencemos a ninguém. Entenda, eu não sou ele e ele não é sua propriedade.

- Se você não é ele, onde ele está então? Você o conhece e o está escondendo, vocês estão declarando guerra.

- O senhor está fazendo isso, majestade. Meu conselho é que o senhor volte para sua nave e não tente nos atacar. – Troy falou calmamente.

- Vou voltar para minha nave, mas vou ataca-los com todo o meu poderio.

- Majestade!

- Cale a boca general. Eles declararam guerra.

- O senhor não sabe o poderio deles, majestade...

- Eles são um bando de mágicos de circo, fazendo ilusionismo, eles não possuem nada.

- O senhor é ainda pior do que as lembranças que eu recebi, além de muito idiota. – Lugh sabia como provoca-lo.

- Chega! – O rei pegou seu comunicador. – Estou ordenando a invasão, comecem a atacar!

- Majestade, não faça isso.

- Você é uma imprestável, general. Está contra seu rei?

- Estou a favor do meu povo. Não vou aceitar mais suas loucuras.

...

Yngve e Tyr seguiram as coordenadas dadas por Kaled. Entraram facilmente na nave no rei. Quando a ordem para atacar e invadir foi dada, os dois já haviam desativado muitas armas e, também, invalidado a comunicação de longa distância. Seguindo as orientações, quando ouviram a ordem de invasão, deixaram a nave para ajudar nos combates em terra.