Capítulo 5

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Tukov estava indignado com o rei, como ele podia não cumprir sua parte no acordo? Ele não tinha culpa nenhuma do vidente ter sido sequestrado, o rei que tivesse mandando uma escolta descente para fazer a segurança. O embaixador estava decidido a deixar claro sua indignação ao rei.

- O senhor não pode fazer isso majestade.

- Oras embaixador, eu não recebi o que pedi, recebi?

- A culpa disso é sua, não minha, o vidente estava naquela nave, eu mesmo o vi e conversei com ele, se o sequestraram, foi por que o senhor não enviou uma escolta. Quero os rios de Ródio que o senhor me prometeu ou informarei a Aliança sobre suas reais intenções.

- Não me ameace embaixador, sua carreira estará acabada se souberem de nosso acordo.

- Eu não ligo, já estou farto dessas políticas. Quero aquilo que tenho direito e vou gozar da paz e tranquilidade que mereço, eu já iria deixar a política mesmo.

- Tudo bem, acho que posso te fornecer algum Ródio. Venha comigo, vou leva-lo onde processamos nosso metal. – O rei o conduziu para uma de suas fundições, abaixo do palácio. Tukov ficou maravilhado com a quantidade do metal que estava sendo processado ali.

- O senhor possui a maior reserva do quadrante, majestade.

- Sim, por isso, posso comprar o que quero. Veja embaixador, nosso Ródio é abundante, possuo, literalmente, rios do metal. O minério é despejado ali. – Ele apontou para uma grande cesta metálica. – E depois é derretido, corre por esses rios para finalmente ser forjado em barras.

- Impressionante majestade.

- Vou dar o que o senhor tanto quer, um rio de Ródio. – O rei segurou Tukov e começou a empurrá-lo em direção ao metal derretido que corria.

- Me solta, o que você está fazendo?

- Me livrando de você. Você não queria um rio do metal? Pois bem, seu fim será nesse rio. – O rei finalmente atirou o homem no metal e ficou observando o corpo ser derretido e sumir. – Um incompetente a menos.

...

- O que foi Seis? – Siv perguntou, olhando a cara do rapaz.

- Seu rei... ele acaba de matar o embaixador Tukov. Isso fará com que algumas coisas sigam um caminho diferente do que eu queria...

- Como você sabe disso?

- A linha do trem, lembra? As possibilidades vão se alterando, conforme as decisões são tomadas e, a linha, acabou de tomar um novo rumo...

- Por que você insiste que deve morrer? Além disso, suas falas são sempre sérias, fatalistas... Você é um garoto, deveria aproveitar a vida, o amor...

- Minha existência é um erro. Como existo, devo morrer. Não tenho o direito de me divertir ou, roubar a felicidade de quem a merece... Ele não deveria me amar...

- Mas você também o ama.

- Isso também não deveria ter acontecido...

- Sabe Seis, você pode ver todas as possibilidades a frente, mas quando se trata dele, você fica confuso. Acho que vocês dois foram feitos um pro outro.

- Não! Tyr será feliz, muito feliz, mas não comigo...

- Com o tal do Lugh?

- Eu não deveria ter dito esse nome...

- Eu confiei em você, agora é hora de você confiar em mim. Eu preciso que você me explique algumas coisas, por que você disse que eu devo te matar? Quem é Lugh? E por que você não quer se entregar ao amor com um homem lindo daquele e que está louco por você? Estamos sozinhos, pode falar.

Seis - O Empata - Ficção LGBTOnde histórias criam vida. Descubra agora