Prólogo

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A guerra no quadrante Psi estava fora de controle. O número de mortos era estratosférico e os governantes de Hórus e Tot, não demonstravam sinais de um cessar fogo. O alto comando da Aliança de planetas foi obrigado a interferir. Enviou então seu embaixador para tentar traçar um acordo de paz.

Tuvok Surak era um homem, considerado por seus colegas, frio, ele deveria conseguir um acordo sem que pendesse para nenhum dos lados. Seu povo, os Eridanis, eram vistos por todos os outros, como seres extremamente inteligentes e justos. O que os outros embaixadores não sabiam, é que ele, não era assim.

Tuvok queria apenas conforto, dinheiro e uma boa vida. Após várias tentativas frustradas, ele se reuniu, em segredo, com o Rei de Hórus, Aleifr Gullveig. O rei era um homem sórdido, mas seu planeta possuía minas e minas do metal mais precioso das galáxias, Ródio. Como um bom negociador que era, o rei propôs rios do metal, para que Tuvok concordasse com seus termos, que foi aceito bem rápido pelo embaixador.

Tuvok conseguiu também, uma aliada entre os Totianos, a Dra. Gerda Fenris, que estava disposta a conseguir prestígio e poder. Ele contou os desejos do rei e ela conseguiu convencer seus líderes, que conseguiria o que ele queria. Assim o acordo foi firmado.

Os Totianos desenvolveriam, com suas técnicas genéticas avançadas, um jovem perfeito, que agradasse ao rei, mas além disso ele deveria possuir o dom da precognição, em troca, os Hórunianos enviariam suas melhores armas e dariam treinamentos militares para os soldados Totianos, claro que as armas não seriam as mais modernas e nem todas as técnicas de combate seriam ensinadas, mas isso era mais um segredo do rei.

Durante os anos que se seguiram, a Dra. Fenris, aprimorou suas técnicas genéticas. Seus experimentos contaram com inúmeros fracassos, mas ela era determinada. Seu primeiro meio sucesso, via apenas vislumbres do futuro, mas ela decidiu, como o rei, não contar esse detalhe e o jovem foi enviado para Hórus. Algumas semanas depois o rei informou que havia matado o jovem, pois ele era um imprestável e que o acordo ainda não havia sido cumprido.

Mais quatro tentativas, a cada nova cria, o jovem possuía mais habilidades, mas o rei ainda não estava satisfeito e, como sempre, matava o jovem. Gerda estava irritada com o rei, por ele matar os jovens, não que se importasse com eles, apenas se importava com seu trabalho e sem o jovem anterior para estudar, sempre ficava receosa que não conseguiria seu objetivo.

Agora estava ali, naquela nave. Ela mesma entregaria o seis para o rei, chamou o embaixador para acompanhar, exigiu o melhor piloto, queria testemunhas que havia conseguido cumprir sua missão, queria ser reconhecida, agraciada por seus governantes e pelo rei de Hórus também. Tudo sairia como ela queria.

O embaixador Tuvok estava eufórico, finalmente o acordo seria finalizado e ele poderia desfrutar das riquezas prometidas pelo rei de Hórus. Quando voltasse, entregaria seu cargo e se aposentaria dessa vida política, queria apenas gozar das comodidades que o aguardavam.

Quando o Comandante Finn Maccool, foi designado para a missão mais importante dos últimos tempos, ficou completamente extasiado. Nunca imaginou que, quando encontrasse sua carga todo seu juramento e crenças seriam derrubados. Quando olhou aquele jovem, teve certeza que nada daquilo era certo. Esperou até o momento certo, antes da decolagem e foi falar com o rapaz.

- Você é prisioneiro? – Perguntou assim que estavam sozinhos.

- Não. Sou apenas a solução final dos conflitos. Não foi isso que disseram para o senhor, comandante?

- Sim, mas você é tão jovem, como...

- Não se preocupe comigo comandante, apenas pilote. Mais uma coisa, na hora certa, vire-se para a direita e não para a esquerda, será só um ferimento e nada fatal.

- O que?

- O senhor é um bom homem e sei que na hora certa, nos encontraremos novamente. Espero que até lá, me perdoe por não evitar sua detenção.

- Minha o que?

- Algum problema aqui, comandante? – O embaixador entrou no aposento.

- Não senhor Embaixador, apenas estava checando se o rapaz precisava de alguma coisa.

- Nós cuidamos disso, apenas faça seu trabalho. Podemos decolar?

- Claro senhor. Estamos prontos.

Seis - O Empata - Ficção LGBTOnde histórias criam vida. Descubra agora