2. Parque

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Quem o havia recebido no aeroporto foi um dos criados de sua família. Sasuke não perguntou o porquê de seus pais não terem aparecido, pois sabia a resposta.

Ficou em silêncio a viagem inteira até chegar em casa. Na verdade, não havia dito uma só palavra desde que saíra da sala do reitor, irado com a briga que acabara de ter tido. Não pegou o dinheiro que Kakashi oferecera e não comera nada desde então.

Não queria falar com as pessoas. Tinha coisas mais importantes para fazer. Tinha uma pesquisa a concluir.

E era por isso que levava os papéis que tinha na mesa de seu apartamento dentro de sua mala.

A diretoria queria que ele tirasse férias (dois meses, para ser exato), mas tinha certeza de que seus pais apoiariam a sua decisão de continuar trabalhando. Afinal, foram eles quem o incentivaram desde cedo nessa vida.

Quando chegaram na casa, ela estava vazia. O criado que o buscara disse que todos estavam ocupados e que a cozinheira prepararia algo para ele assim que tocasse o sino na sala de jantar.

Sasuke assim vez, mas levou alguns papéis teóricos consigo, para ler enquanto comia.

Foi a primeira refeição que fazia desde a Índia e ele comeu três pratos.

Quando terminou, subiu tomar um banho. Mas não sem antes passar pelo quarto de Itachi.

Seu irmão havia fugido de casa seis anos depois que Sasuke ficou conhecido mundialmente por ter resolvido um dos exercícios de tarefa da faculdade de Itachi. Ele também era alguns anos avançado na escola, e fugiu aos dezoito anos.

Sasuke sabia que ele estava bem, porque sempre enviava cartões postais dos lugares por onde estivera e ligava no dia do seu aniversário. Ao que parecia, Itachi estava viajando pelo mundo com o dinheiro de trabalhos que arranjava por aí.

Seus pais nunca mais falaram sobre seu irmão desde que a polícia o encontrou em Sydney, dois meses depois de desaparecer. Mas, mesmo encontrado, Itachi não voltou para casa. Disse querer ser livre quando Sasuke ligou para ele naquele dia.

Ele não entendeu o que seu irmão queria dizer.

Itachi poderia ter sido livre ali, com eles, em Konoha. Poderia ter continuado com emprego bom que tinha por conta da faculdade cara que seus pais pagaram, e poderia ter se casado e vivido feliz.

Era isso a liberdade, não era?

Quando Sasuke saiu do chuveiro, enxugando o cabelo com a toalha e andando nu pelo quarto, pensava assim.

Ele não dormiu naquela noite, mesmo que estivesse muito cansado pelo voo.

Ficou em frente ao computador, procurando livros em pdf de novas teorias sobre as ondas eletromagnéticas, a massa escura e publicações sobre isso em sites especializados.

🌻🌻🌻

Dizer que não foi assim a semana inteira, seria mentira. Porque foi.

Sasuke seguia a mesma rotina que tinha quando ainda morava em Manipal, apenas com algumas mudanças necessárias: ele acordava cedo, fazia exercícios de yoga no colchonete no meio do quarto e descia tomar café na cozinha com seus pais (não conversavam). Depois, ele subia para o seu quarto e ficava lá o resto do dia, entretido em seus estudos. As criadas apareciam para lhe entregar o almoço e, mais tarde, algumas bolachas saudáveis.

Tudo seguindo meticulosamente a dieta que a diretoria da TAPMI havia lhes enviado. Afinal, Sasuke precisava estar com uma boa saúde para que seu cérebro funcionasse melhor.

Seus pais não o repreenderam quando contou de seus planos de continuar com a pesquisa. Na verdade, até incentivaram, com sua mãe dizendo que, agora que estava em casa, poderia se sentir inspirado.

EQUAÇÃO BÁSICA - narusasu. (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora