7. Ataduras

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7. Ataduras

Sasuke saiu de sua sala às seis horas da manhã.

Alguns alunos começavam a chegar na escola, mas ninguém o viu.

Caminhou com o nariz escorrendo por conta da briga na chuva do dia anterior, e amaldiçoou cada pedaço daquele garoto loiro idiota.

Afinal, tivera de passar a noite apenas de cueca enquanto construía o novo motor eletromagnético de gama.

Suas roupas já estavam secas, mas amassadas. Seu rosto estava dolorido, assim como todos os lugares onde fora agredido na briga. E seu cabelo estava um cu.

Sasuke não se importava com sua aparência. Mas, conforme subia as escadas que o levariam à sala de Tsunade, sentia-se sujo e extremamente cansado. Revirara a noite com xícara de café atrás de xícara de café. Sua cabeça doía para uma porra e queria vomitar toda aquela cafeína para fora de seu corpo.

Na verdade, queria morrer. Cair duro no chão e nunca mais acordar.

Talvez todo aquele cansaço desaparecesse.

Talvez todos os seus problemas desaparecessem.

Tsunade ainda não havia chego, mas Shizune estava lá. Avisou que ficaria com as chaves, já que passaria o resto do dia ali também, e ela recomendou que ele fosse para a enfermaria. Não falou sobre a sua aparência deplorável. Não falou sobre nada e Sasuke foi grato a isso.

Quando chegou à enfermaria, não havia ninguém lá. Era muito cedo, de qualquer forma. A pessoas chegavam próximo das sete horas. Eram seis e meia.

Abriu a porta com a chave mestra que ainda tinha e revirou o lugar, à procura de alguma roupa que pudesse usar. Achou um armário cheio de uniformes e pegou o maior que viu. Não estava com vontade de procurar pelo seu número.

Depois, saiu e trancou a porta, como se nunca houvesse estado ali.

Tomou um banho no banheiro do ginásio, lavando o sangue e tirando todo o suor e a água da chuva que ainda estavam sobre sua pele.

E, a cada vez que via um pequeno hematoma em seu corpo, a cada vez que sua cabeça zumbia e a cada vez que tinha de assoar o nariz, grunhia maldições de ódio contra aquele merdinha de ataduras.

Uzumaki Naruto.

Um filho da puta de primeira.

Quem ele achava que era? Agindo como se fossem conhecidos e como se fosse normal conversarem?

E é claro que era pressionado. Ele era Uchiha Sasuke, porra.

O garoto prodígio.

O gênio.

O cara com um dos Q.I. mais altos do século.

O próximo físico a deixar sua grande marca na história com uma descoberta estupenda.

Como poderia não ser pressionado?

Após voltar para a enfermaria, usando o uniforme gigantesco que pegara, uma mulher estava lá. Já eram sete e vinte da manhã.

🌻🌻🌻

Ela tentou puxar assunto. E Sasuke não respondeu a nenhuma de suas perguntas.

Agora, estavam em silêncio há quinze minutos.

A mulher, uma enfermeira alta e de cabelos negros, mexia em seu computador do outro lado da mesa. E Sasuke se encontrava sentado em uma das camas da enfermaria, sem camisa e com curativos pelo corpo, olhando para o teto.

EQUAÇÃO BÁSICA - narusasu. (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora