8. Pudim

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8. Pudim

- Por Deus, o que aconteceu com você? - perguntou sua mãe, assim que Sasuke passou pela sala.

Ele a ignorou e continuou andando. Havia acabado de chegar do colégio.

- Sasuke, vem aqui já! - ela exclamou. - O que foi que aconteceu, filho? Foram aqueles meninos mal criados de novo? Sasuke? Sasuke!

Subiu as escadas e entrou no seu quarto. Estava escuro e ele não ligou as luzes.

Trancou a porta.

Ele não se sentia bem. Não sabia o porquê. Não sabia o que estava acontecendo.

A gente se vê depois então.

Mas Naruto não estava lá no pátio quando saiu.

Bufou e entrou no banheiro, batendo a porta. Ligou a luz e se olhou no espelho.

Usava a roupa de quando brigaram na chuva, no dia anterior. Seu rosto estava repleto de hematomas e curativos. Estava suando demais.

O que estava acontecendo?

Sentia-se sujo. E estranho. E com raiva.

- Merda, merda, merda! - grunhiu, irritado.

Tirou a camisa e a jogou para o outro lado do banheiro.

Seus braços estavam roxos. Seu peito também.

Ainda conseguia se lembrar da raiva que sentiu naquela briga. Era parecido com o que sentia agora.

Hoje, o novo motor eletromagnético que construíra de gama não havia funcionado. Testara ele a tarde inteira. Não tomou o café da tarde por isso.

E ele não funcionou. Exatamente como o outro motor que havia feito.

Nada estava dando certo. Nada.

Por que não dava certo?

Queria bater em algo. Queria gritar. Queria brigar com alguém.

Não.

Queria brigar com Naruto.

Ele havia estado lá em todas as vezes em que sentia aquelas coisas desde que voltara a Konoha.

E ele era bom. Tinha ótimos socos de direita. Sabia o que estava fazendo. E parecia não se importar em brigar.

Por que ele não estava lá quando saiu do laboratório?

Será que havia sido porque Sasuke dissera que não queria almoçar com ele, e depois também não havia aparecido no café da tarde?

Não. Naruto não parecia ser esse tipo de pessoa.

- Merda! - exclamou, afastando-se do espelho. - Por que eu 'tô pensando nisso?!

Alguém bateu na porta do seu quarto.

- Sasuke, abra aqui! - era sua mãe.

Ele ignorou.

Tirou os tênis, jogando-os longe. Depois a calça e as meias.

Ficou apenas de cueca e olhou para suas coxas. Havia marcas roxas ali também, dos chutes que levara.

Seu coração batia rápido, mas não sabia o porquê.

Apoiou-se na pia, tentando respirar fundo, se acalmar.

O que estava acontecendo?

- Sasuke, eu 'tô preocupada! Abra essa porta!

- Obedeça a sua mãe, Sasuke! - era o seu pai falando.

A gente se vê depois então.

Ainda conseguia escutar a sua voz aguda.

EQUAÇÃO BÁSICA - narusasu. (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora