Depois daquela briga, Sasuke não voltou mais para aquele parque pela semana que se seguiu.
Provavelmente os garotos deveriam estar no ano letivo, então a chance de voltarem a se encontrar era mínima. Mas Sasuke não queria arriscar. Sem contar que, após aquela manhã de domingo, ele continuou sem conseguir sair de seu bloqueio criativo. E ficou com uma dor horrível na mandíbula. E com um sentimento ruim de vergonha no peito.
A culpa não era dele. Afinal, quem jogara a bola fora aquela garota de cabelo rosa. Mas, mesmo assim, sentia-se um pouco constrangido por ter gritado daquele jeito.
Estava tomado pela raiva por conta de tudo que estava acontecendo e não se segurou. Falou coisas demais.
Talvez não devesse ter batido naquele garoto. Mas ele havia o empurrado contra o banco primeiro. A culpa não era somente de Sasuke. Aquele cara também tinha a sua parcela.
Então, com isso, começou a fazer pequenas caminhadas pelo quarteirão depois de duas horas trabalhando.
Sua cabeça estava explodindo de tanto pensar quando ia jantar com seus pais, e agradecia por eles não conversarem durante as refeições.
Nunca mais tocaram no assunto dos machucados. Sasuke pediu a uma das empregadas que o ajudasse com o gelo, e o roxo ficava mais evidente a cada dia que se seguia.
Passou a dormir mais tarde, para que conseguisse encaixar suas treze horas de estudo com as caminhadas e o yoga. Agora, dormia seis horas por noite. Não era ruim. Sasuke achou até bom.
Quando seu quarto ficou cheio de anotações e não havia como caminhar por ele sem que tropeçasse em papéis importantíssimos, Sasuke tomou a decisão de que precisava de um lugar mais apropriado para continuar com sua pesquisa.
Ao falar com seus pais durante um de seus almoços em silêncio, eles lhe disseram que os dois escritórios da casa estavam ocupados. Mas, para sua sorte, havia outros quartos na casa.
Mas Sasuke não queria outros quartos.
Não havia espaço o suficiente neles. E, agora que vinha pensando cada vez mais no assunto, ele sentia falta de seu laboratório na Índia. Lá, ele tinha livros à disposição, mesas e quadros à vontade para colar seus papéis e espaço o suficiente para construir algumas maquetes esquemáticas.
Ah, as maquetes... sentia falta delas.
Por isso, foi no sábado de sua segunda semana em Konoha que contou a seus pais a decisão de pedir emprestado um laboratório à Universidade da cidade, para que pudesse ocupá-lo com as coisas de sua pesquisa.
- Não diga idiotices, garoto. - falou seu pai, olhando-o com recriminação. Já haviam terminado de comer e esperavam pela sobremesa (ameixas cozidas). - Se você descobrir algo importante usando o laboratório deles, o reitor da Universidade irá querer crédito por isso. E nós temos um acordo com a TAPMI. Eles são seus principais patrocinadores, Sasuke. Pensei que, por já ter um doutorado e uma especialização nessas coisas estranhas de números, você seria mais inteligente do que isso.
Sasuke, por mais que não gostasse de admitir, recrimou-se por não ter pensado como o pai.
- Você poderia tentar ajuda com algum dos colégios daqui. - disse sua mãe, enquanto lia um papel de seu trabalho e riscava algumas palavras, desinteressada na conversa.
- É uma ótima ideia. - seu pai concordou.
- A maioria dos colégios não tem os materiais de que preciso. - murmurou Sasuke, e uma empregada entrou na sala de jantar, servindo-os com a sobremesa.
- Bobagem. - seu pai disse, balançando a cabeça como se Sasuke não soubesse do que estava falando. - Já está decidido: amanhã, nós iremos te levar aos colégios de Konoha. Conversaremos sobre sua situação com os diretores e, aquele que aceitar te dar um dos laboratórios sem que queira reconhecimento quando você descobrir algo, será o ideal.
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EQUAÇÃO BÁSICA - narusasu. (FINALIZADA)
FanfictionSasuke era uma das crianças prodígio. Considerado um gênio desde os cinco anos, quando resolveu um complexo exercício de Física da mecânica quântica da faculdade de seu irmão mais velho, ele era mundialmente famoso. Por isso, entrar para a MIT com a...