3. Nyx

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Ajeito meu traje enquanto desço do cavalo e meu ajudante segura minha capa.

Algo um pouco mais sofisticado devido a visita a uma grande província dessa

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Algo um pouco mais sofisticado devido a visita a uma grande província dessa.

Observo o Palácio de longe, sobre ao qual já ouvi comentários devido a sua riqueza e luxo.

Caminho ao lado de alguns dos meus soldados até a entrada  onde os dois governantes ja me aguardam. Quando paro de andar, eles fazem reverências a alguns metros de mim.

Louis, que chama atenção por suas roupas coloridas destacadas por sua pele retinta e fria, levanta seus olhos até os meus. Um de tom escuro e outro totalmente branco me varrem até eu sentir vontade de fazer uma careta, mas desvio os olhos para a coroa absurdamente extravagante no topo da sua cabeça, harmonicamente entrelaçada com seu cabelo preto todo trançado.

Charlotte, sua esposa, tem a pele branca e cabelos curtos loiros, seus olhos castanhos me fitam com malícia. Ela usa um traje extravagante, e devido a, bom, todo o resto, não é nem um pouco surpreendente.

 Ela usa um traje extravagante, e devido a, bom, todo o resto, não é nem um pouco surpreendente

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- É uma honra recebê-lo em minha casa, Nyx. Por favor,  me acompanhe até a sala de refeição.  Você deve estar faminto da viagem.

Sua voz carregada de ambição faz-me ter vontade de franzir o nariz.

Analiso por alguns segundos e faço sinal com uma mão enquanto falo:

- Claro.

Dois soldados me acompanham imediatamente enquanto eu sigo os dois e observo o ambiente.

O chão parece um espelho de tão polido, as paredes são de um mármore tão branco que meus olhos reclamam. Cortinas enormes para janelas enormes, cheias de fios de ouro e tecidos caríssimos entrelaçados entre si.

Em todo lugar, tanto no segundo como no terceiro andar, há estátuas e enfeites ricos em Ouro,  prata e muitas pedras valiosas.

Adentramos uma sala por uma porta imensa de madeira de Pinheiro-vermelho, uma madeira muita rara no continente.

Imagino quanto dinheiro não há apenas em decorações inúteis, totalmente parado aqui, enquanto o povo dos vilarejos mais pobres vivem famintos.

É claro que toda essa ostentação chegou aos meus ouvidos, a riqueza quase mágica do Palácio do Norte.

Mas também chegou a mim a pobreza e miséria de seu povo, e como as ações de seus soberanos mostram o pouco caso deles em relação aos próprios súditos.

Minha vontade é invadir todo o Norte e governar todo o território eu mesmo, demolindo esse palácio e distribuindo os pedaços ao povo.

Mas o equilíbrio natural é necessário para as coisas funcionarem. E se meus antepassados quiseram assim, que assim seja.

Me acomodo na mesa e observo enquanto as criadas, todas mulheres, servem os pratos de cada um.

Todas estão com a mesma roupa, impecáveis,  como se fossem feitas para servir, provavelmente por que estão fazendo isso a muitos anos.

A irritação me atinge quanto elas colocam as porções até no meu prato, mas observo os dois e vejo que isso é o normal por aqui.

Será que dão comida na boca deles também?

Depois de uma refeição pouco agradável, ambos caminhamos até outra ala do segundo andar. Uma porta de magno abre e revela um quarto extremamente luxuoso, com lençóis de seda e móveis de Carvalho retorcido.

- Separamos esse quarto para sua estadia. Por favor, descanse da viagem e jantamos a noite. Então, discutiremos o que temos para discutir.

Sinto uma forte vontade de esganar aquela mulher, que mais parece uma onça traiçoeira, quando ela desce lentamente o olhar para minha boca e sorri de lado, voltando para meus olhos e fazendo um olhar malicioso.

- Muito bem. Agradeço pelas acomodações.

Me despeço de ambos, que saem andando para a sala do trono, e fecho as portas do quarto,  garantindo que meus guardas não deixariam ninguém entrar.

Tiro a roupa e me observo no espelho enquanto a banheira enche de água quente.

Meu cabelo preto está um pouco desalinhado, e mesmo assim ainda faz um contraste tocante com a pele bronzeada e os olhos de um tom de castanho-laranja.

Relaxo na água enquanto liberto meu poder para sentir as mentes daquele ambiente.

A maioria de nobres que só querem se divertir e bajular ou servos comuns.

Mas, em uma ala escondida do Castelo, algumas servas tem uma névoa de tristeza profunda em suas mentes. Todas elas tem algo em comum, e a tristeza corroeu tudo em suas mentes.

Lanço-me ainda mais longe e detecto algumas mentes no Jardim. Leio a maioria delas, até chegar na última.

A água esfria imediatamente enquanto a ficha cai. Não posso acreditar que é ela!

Saio da banheira me enrolando no roupão ali e corro até a sacada para observar as pessoas.

Mas antes que pudesse alcançá-la, alguém bate a porta, e seguro meu poder para que ele não saia e mate quem interrompeu o que quer que eu fosse descobrir.

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