Capítulo 4 - Ressaca

17.6K 1.3K 52
                                    

Carter estava com uma calça jeans, um sapato preto e a camisa branca que ele deixava sempre dois botões abertos no começo, deixando seu peito em evidência... Não que eu repare demais nele, mas, esse cabelo molhado por gel e espalhado em um tom rebelde me faz pensar em coisas que não devia pensar.

—Carter! Aqui não tem nada que te interesse, o pato está horrível, e se possível, pode ir embora para a sua casa! — estou gritando com ele, Will me encara.

—Ah não... Estou sozinho em casa... E acho que seria legal estar aqui com vocês, é ruim ficar sem ninguém - fez beicinho—E outra temos um assunto sobre a Kipiling, parece que eles aceitaram o novo plano de ação de marketing, você conseguiu—o olhei e um enorme sorriso se formou em meu rosto.

—Ah meu Deus, sério?—ele assentiu—Ah que ótimo—pulei louca de alegria... Anos que eu sonhei com isso.

—Lau, se quiser eu vou embora, volto amanhã, ou você pode ir na minha casa... O que acha?

—Ah Will, fica—fiz beicinho e ele olhou Carter.

—Acho que amanhã teremos mais privacidade— ele sorri— posso vir aqui amanhã se quiser!

—Claro, eu adoraria... Até amanhã então—sorrio sem graça e ele beija minha bochecha.

Fecho a porta e não consigo me conter de alegria, céus! Como eu queria ser reconhecida, ter o meu espaço. Isso está me contagiando, até que...

Ele passa as mãos nos cabelos e sorri nervoso.

Eu conheço esse filho de uma puta! Não há arquivos aprovados coisa nenhuma!

—Carter seu grande mentiroso!—falo cerrando os dentes—Você mentiu! Você mentiu! É eu sei quando você mente.

—Eu fiz para o seu bem está legal? Aquele brutamonte queria te atacar, eu vi nos olhos dele que as intenções para com você não eram boas, e então te ajudo e o que eu ganho? — pulo por cima dele sem pensar em nada, ele cai no sofá, bato em seu peito com as mãos fechadas, mas, ele ri alto.

—Idiota... Idiota— eu grito batendo forte e com toda a facilidade Carter se vira por cima de mim e segura minhas mãos.

—Ser presa por assassinato e ter que cuidar do meu velório na cadeia não ia ser legal... Sem contar que te atormentaria para o resto da sua vida, e lá em cima ia ser pior... —riu alto.

—Te odeio, e só não te mato porque é meu chefe e preciso do meu salário... O que você ganha com essas suas gracinhas?

—Lauren amor— odeio suas ironias — você não pode namorar — eu o encaro perplexa — Sei como é, vocês se beijam, transam... Transam e se beijam, ele te pede em namoro, você aceita, casam, fazem aquelas festas imensas, ai fica fora um mês de lua de mel, engravida e... Pronto, perco minha secretária, a única e melhor.

—Às vezes eu acho que você fica no seu quarto maquinando as coisas mais imbecis e retardadas para me dizer, sinceramente, devo ter sido um dos soldados que crucificou Jesus!

—Lauren, onde iria arranjar uma secretária...?

—Dedicada?

—Capacho mesmo. — ri alto e eu respiro para não meter a mão na cara dele.

—Eu estou com TPM sabia! — ele me encara.

—Ah querida, está de tensão pré-menstrual? — eu respiro forte.

—Estou cheia de Tempo Para Matar, e juro que quero que você seja meu alvo, seu cretino— ele ri alto.

—Tempo para matar— eu o empurro e ele não para de rir. Abro a porta e o retiro, em seguida vou fechar a porta e ele segura. — Cretino.

Querido ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora