Assim que estamos em terra firme, desço do jatinho e ajeito meus cabelos, Carter vem logo atrás de mim, continua do mesmo jeito assim como eu. Ajeito meus óculos de sol no rosto e evito o máximo de mexer a cabeça, mas, aproveito os óculos para olhar aquela feição de decepção que Carter está desde que tentou se explicar, até o momento que ele percebeu que eu estava trocando mensagens com Will, ele simplesmente parou de falar comigo. E mesmo querendo isso, fiquei mal em ter ele ali e ao mesmo tempo ele nem sequer tentou uma piadinha.
Pego minhas malas e quando ele tenta me ajudar eu puxo mostrando que não preciso de ajuda. Entrego para o homem que ajeita as malas dentro do carro e sorrio para ele, entro no banco de trás e Carter senta no banco do carona.
—Lauren, passe o endereço da casa dos seus pais para o Caio! — ele fala rispidamente e eu faço uma busca no GPS do meu celular, o entrego e de imediato ele me diz que conhece a rua. Assim que está tudo pronto, partimos.
Caio liga o rádio e eu canto baixinho a música.
—Cause your sex takes me to paradise Yeah your sex takes me to paradise And it shows, yeah, yeah, yeah Cause you make feel like, I've been locked out of heaven.
—Sei como é sentir isso, tem uma única mulher que me levou ao paraíso. — Carter quebra o silêncio sem se importar com Caio e me olha pelo retrovisor. Mesmo que eu o encare com os olhos ele não percebe devidos meus óculos de sol. — Caio você pode me indicar um Hotel bom aqui?
—Claro Senhor Harper, se quiser posso te levar no melhor de NY. — ele assente e eu abaixo minha cabeça.
O carro para no meio fio e eu ajeito minha bagagem de mão. A ansiedade em ver meus pais e meu irmão me consome, não só por ver eles e matar a saudade, mas para me refugiar. Caio sai do seu lugar e vai até o porta malas, pega minhas bagagens e me entrega as malas de rodinha, quando olho para a casa dos meus pais minha infância passa por mim e eu me sinto como se tivesse feito a maior burrice da minha vida, como se sair daqui tivesse sido um erro.
—Será que ao menos um "tchau Carter" você poderia me dar? Por educação? — ele não me olha, mas, sua voz é firme.
—Tchau Carter— depois de acenar para Caio me viro e sem olhar para trás saio andando, puxo minhas malas e meu coração se aperta por um instante, parece que estou revivendo cinco anos de convivência e esses dias todos com ele. Sei que deveria estar com raiva, fumegando de ódio, mas, a vontade de cair na cama feito uma adolescente e chorar é maior que eu. Como se todas as palavras de Carter caísse sobre mim mais uma vez e eu quisesse as jogar longe e nunca mais tê-las em minha vida.
Toco a campainha e quando menos espero meu irmão... Como é bom ver que ele vem correndo e me toma em seus braços.
—Ah minha irmã, minha maninha! — me abraça mais uma vez e para me encarando ainda com um sorriso branquíssimo estampado em sua boca. — Eu estava com muitas saudades. — sorrio de volta.
—Lauren? — Minha mãe aparece na ponta da escada e eu sinto um frio na barriga de medo que ela caia na velocidade que ela corre, como ela está diferente... Seus cabelos loiros estão esbranquiçados, seu corpo está mais torneado, mas, ainda é a minha mãe. — Filha— meus olhos se enchem de lágrimas quando ela me toma em seu forte abraço, era disso que eu precisava para que as lágrimas teimosas caíssem e se libertassem de seu refugio, eu estava chorando como um bebê. — Oh minha princesa! — ela beijou minha testa e meus braços a envolveram e era como se um soluço alto saísse de meu peito e se soltasse das paredes do meu peito, como se tudo que um dia eu quis chorar estivesse vindo á tona agora. — O que foi? — ela sabe que eu não estou apenas emocionada.
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Querido Chefe
DragosteO trabalho Querido Chefe de Wendy Falls está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional. Link da Amazon: https://www.amazon.com.br/dp/B01E06NDH6 Trabalho para Carter Harper como sua secretária há c...