Destinada

Capítulo 1

Vozes, eu posso ouvi-las por todo lado, e posso sentir um Dor forte na minha cabeça, até parece que um caminhão passou em cima dela. Ugr ! Abro meus olhos devagar, e quando eles estejam em foco percebo que estou em um hospital, há algumas máquinas ao meu lado que fazem um barulho alto e irritante. Me estico devagar e aperto o botão da enfermeira , estou morrendo de fome. Pela janela que tem ao lado da minha cama percebo que é noite, deve ter de passado algumas horas depois do acidente. Droga o acidente!, o que será que aconteceu com meus pais ou Mia, Oh meu Deus !.

Segundos depois uma enfermeira entra no quarto e para na porta, ela fica boquiaberta, depois de segundos se recompõe se aproxima

- Lucy Collins , Eu sou a enfermeira Nina, Como você está se sentindo? - ela perguntou enquanto me examinará de cima a baixo quase sem acreditar no que via. Eu heim que enfermeira estranha.

- Eu estou com fome e muito cansada, mas estou bem - falei - já é de noite, quanto tempo eu dormir? - perguntei curiosa.

Ela parou de me examinar e agora me olhava nos olhos.

- Você ficou em coma por uma ano Lucy.

Agora eu entendia por que ela me olhou daquele modo quando entrou. Um ano ?!! Meu Deus oque será que aconteceu nesse tempo.

- E meus pais e minha irmãzinha? Eles estão bem ? - minha voz era um pouco mais alta que um sussurro.

- Primeiro faremos alguns exames e depois a senhorita descansará e depois falaremos sobre isso. - ela disse determinada. Eu concordei com a cabeça.

Algumas horas depois eu estava deitada na cama me revirando, eu tinha feito todo tipo de exame e pelo que pareçe, todos meus machucados haviam desaparecidos, fiquei conhecida como o milagre do hospital. Uma enfermeira vinha me checar a cada meia hora e sempre perguntava se eu sentia dor. Mas não, eu não sentia dor alguma, na verdade eu não sentia nada, nem medo, nem ansiedade. Estranho. A porta foi aberta me distraindo dos meus pensamentos. Era a enfermeira Nina.

- Bem você queria saber oque aconteceu no depois do acidente- ela falou suavemente. Concordei.

- Bem o acidente foi feio, você foi jogada para fora do carro assim como sua irmã, mas seus pais não conseguiram sair do carro- ela fez uma pausa e depois prosseguiu - logo depois dele capotar pela estrada o carro caiu barranco a baixo no Rio, eles estavam inconscientes e não conseguiram sair a tempo. Eu sinto muito, eles não sobreviveram ao acidente. - ela parou e estudou minha reação. Eu so podia ficar parada, olhando para o nada.

- E Mia ? Ela estava viva ? - perguntei.

- Sim , mas ela está em coma assim como você estava.

- Eu posso vê-la?

- Claro, venha te levarei até lá.

Então a segui para fora do quarto.

Logo que chegamos no quarto de Mia, Nina se retirou e me deixou sozinha com ela. Mia estava deitada na cama imóvel, respirava por um aparelho e estava tão pálida. Ela cresceu um pouco mais, mas parecia tão pequena assim. Me sentei ao seu lado e mexi em seu cabelo. Esperei por vários minutos. Nada. Corri até o banheiro , me olhei no espelho. Eu estava mais pálida que o normal, mais magra, e meus olhos que geralmente eram verdes brilhantes estavam escuros. Eu parecia a mesma, mas não era. Eu não chorei pela minha irmãzinha, não chorei pelos meus pais. Oque havia de errado comigo ? Porque não sentia nada ??!!!.