Encotro part/1

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_... então, vai levar ela a onde? - a ruiva apoia o celular no ouvido com o ombro enquanto escolhe entre um vestido ou outro no armário.

_ Vamos no Oraku's. Foi lá que o vovô levou a vovó e meu pai minha mãe, sabe como é, ele quer manter a tradição. - responde luffy do celular.

_ Entendo... - é tudo que diz. Pensava que poderia levar tudo aquilo da maneira mais natural possível. Mas como seu namorado levando outra menina a um encontro poderia ser levado dessa forma?

_ Estou com saudades. - ele quebra o silêncio. - Muita, muita e muita saudade de você.

_ Eu também. Muitas, muitas e muitas saudades do meu macaquinho. - diz.

Ela ouve ele rir na ligação.

- Vou me arrumar, vovô já está aqui. Beijos, - ele adiciona com um riso - minha gata.

_ Beijos. - finaliza.

Era difícil, sentia meio que um aperto no peito, mas ainda estavam juntos, não era isso que importava? Suspirou fundo, não podia ficar se preocupando com isso agora. O amarelo ou o branco?

                                ***

O restaurante está cheio. As mesas lotadas e com seus asentos sendo disputados por aqueles que não fizeram reserva. Os garçons corriam para atender a demanda dos pedidos. A ruiva e a família já estavam acomodados a mesa esperando os convidados. Que estão meia hora atrasados.

Genzo, o pai da Nami, já se encontrava incomodado e meio rabugento pela demora. Era sua quarta tentativa frustada de comer algo enquanto os demais não chegavam, mas a esposa, Bell-mére, uma mulher de cabelos vermelho-violeta, o repreendia dizendo ser falta de educação. Nojiko, sua irmã, ria ao ver a situação dos dois. Mas Nami se encontrava nervosa, havia dito para aquele marimo não se atrasar.

(...)

Entre uma pessoa e outra que tentavam passar pela recepção, no aglomerado de cabeças ela avista uma esverdeada inconfundível. Em outras circunstâncias uma boa moca seria um castigo aprazível pelo atraso, mas dessa vez não, não ali. Não hoje. Seu pais não precisavam presenciar toda a sua relação conturbada, pelo menos não toda ela. Que era "complicada" eles já sabiam, se lembrou ela do termo que usou para os explicar antes.

A ruiva vai até a recepção, despejando um "Com licença" aqui e ali enquanto caminha.

_ Você por acaso sabe que horas são?! - Sai dizendo assim que chega até ele. O tom é baixo, mas irritado. Junto com uma careta pela qual tentava demostrar toda sua indignação para ele enquanto procurava disfarçar ao mesmo tempo para os que passavam por ali.

Ele exibia um semblante despreocupado, alheio a tudo ali. Vestia uma camisa de mangas curtas preta, meia justa que parecia sobre medida a seu corpo que, alias era forte. E uma calça harem branca que contrastava com o preto da camisa e da bota. Nami nota algumas garotas o secando, no recinto. Sente também uma áurea de ódio vindo dos olhares de outras para ela. Se elas ao menos soubessem a "sortuda" que ela estava se sentindo.

_ Já puxando briga, bruxa?! Nem foi tanto assim. - Rebate, ácido. Afinal quem era ela para falar assim com ele? Nem ao menos sabia ou perguntou seus motivos.

Com certeza ele era um castigo, seu castigo. Pensou a ruiva que o encarava absurda com as suas palavras. Não foi tanto assim? Ela puxar briga? Bruxa?
Já preparada para responder o marimo a altura quando nota o homem de meia idade pigarrear ao lado do esverdeado. Ele é alto, tem um semblante gentil e calmo. Seus cabelos negros são  amarrados em um rabo de cavalo e seu olhar sobre os óculos é simpático. Usa uma yukata tradicional.

Koi to PieceOnde histórias criam vida. Descubra agora