Capítulo 3: Blind Trust (Todoroki)

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Notas iniciais:

Avisos adicionais: Bondage leve (restrição de movimentos, privação sensorial), exibicionismo/voyeurismo leve, subspace

O tema dessa vez era: vibradores/sex toys ;)

Capítulo escrito por @gold_on_ice

***

Shouto estapeou os lábios sem querer com as duas mãos numa tentativa de conter o som que ameaçou escapar de sua boca, as sobrancelhas se juntaram de uma maneira que, visto de fora, indicaria que estava com alguma dor e ele fuzilou o outro lado da sala de conferência onde Katsuki estava sentado com o celular em mãos, totalmente descontraído.

— Você está se sentindo bem, Shouto? — Endeavor perguntou, com os braços cruzados, as chamas dançaram agitadas em seu rosto, como faziam quando ele estava preocupado com alguma coisa.

O Todoroki mais novo não teve outra escolha senão desviar os olhos para o pai, reunindo todo o seu autocontrole para balançar a cabeça positivamente, mas sem ousar tentar pronunciar alguma coisa, com medo de como sua voz poderia sair.

O homem continuou olhando para ele por um tempo que pareceu longo demais e aquilo era uma tortura sem tamanho, tanto pelo constrangimento e a humilhação, como pela mortificação que sentiu ao perceber o membro pulsar no meio das pernas, não só por causa das vibrações irregulares e estimulantes.

O perigo de ser descoberto, por seu pai de todas as pessoas, não deveria ser tão instigante para Shouto, mas era. Ele mordeu o lábio quando o homem finalmente o deixou em paz e prosseguiu com sua fala, novamente lançando um olhar para o outro lado do cômodo, onde Katsuki ainda estava absolutamente tranquilo e inalterado, sem nem olhar de volta para ele.

Shouto estava começando a se arrepender um pouco de ter convencido Katsuki a juntar-se a si naquela loucura. Talvez só agora estivesse percebendo que ter um vibrador plugado na bunda com o controle nas mãos de seu colega de apartamento sádico, enquanto seu pai falava pelos cotovelos sobre o aumento na taxa de criminalidade numa reunião com as três agências de maior notoriedade do país, não havia sido a decisão mais sábia que já tinha tomado na vida.

Mas ao mesmo tempo a ideia era tão excitante. Era até um pouco engraçado também, ele imaginou o que o velho pensaria dele se soubesse o que estava acontecendo logo abaixo do seu nariz, ou mesmo sobre todas as coisas que aconteciam longe dele e que não fazia nem ideia. O pensamento foi interrompido por outra onda vibratória que o fez ter calafrios.

Tudo que podia fazer era ajeitar-se em sua cadeira. Ou talvez essa fosse outra ideia ruim, percebeu quando teve que novamente cobrir os lábios e pigarrear para disfarçar, pois o movimento empurrou o vibrador mais para dentro de si e esbarrou em sua próstata, a intensidade diminuiu no mesmo momento, tornando a massageá-lo numa lentamente, mas agora era ainda mais difícil conter-se, quando o objeto estava posicionado bem no lugar certo.

— Resumindo essa porra toda que você falou, está dizendo que vamos ter que trabalhar dobrado?

Ele nem ouviu a resposta de Endeavor, um arrepio correu pela espinha toda ao escutar a voz rouca de Katsuki, que facilmente bagunçava com ele inteiro sem muitos esforços. Shouto descobriu que, quando estava determinado, o loiro podia fazê-lo gozar apenas sussurrando profanidades em seus ouvidos, sem nem precisar tocá-lo. Era um verdadeiro dom, como se fosse uma peculiaridade oculta.

Eles haviam aberto a caixa de Pandora depois daquela missão em que tudo mudou. E desde então, vinham testando as águas. Shouto principalmente, sempre propunha algo absurdo, esperando pelo momento que finalmente fosse encontrar alguma resistência.

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