🔺Capítulo 8🔺

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A noite havia chegado com calma, não havia qualquer monstro ou algo do tipo invadindo a clareira. Os grandes portões estavam fechados agora e tudo o que se podia ouvir era o sussurrar do vento na clareira.

— Acha que é seguro aqui? — Higley perguntou se sentando ao lado de Ayla e lhe entregando um dos copos improvisados que Matt lhe dera.

Ela agradei com um meio sorriso, tomou um pouco da bebida quente e então, depois de um longo suspiro o olhou de volta.

— Pra falar a verdade, — disse olhando para o grupo alguns metros atrás deles envolta da fogueira. — eu não gosto desse lugar, é calmo demais... Não gosto de tanta calmaria.

— Acha que pode acontecer alguma coisa?

— Bom, eu não gosto do carinha metido ali,— respondeu apontando o garoto de mais cedo. — e não acho que aquelas coisas lá fora vão respeitar essas paredes. Mas Dreed e Zaac precisam de descanso.

— E no fim das contas a gente também. — Higley falou encolhendo os ombros.

— Com certeza sim.

Ao longe, um barulho soou pela extensão do labirinto, alguma criatura havia sido morta por outra, ou simplesmente procurava algo para matar a fome. Em meio a tamanho caos e destruição na qual todas aquelas pessoas se encontravam, o mundo havia se tornado uma completa guerra por sobrevivência, criaturas matavam humanos para se alimentar, humanos tentavam a todo custo se proteger e nesse conflito, tudo o que se via era sangue e morte, rastros de destruição para todos os lados em que olhavam.

Ayla mordeu os lábios e apertou as mãos em volta do copo suspirando, a noite fria não a trazia conforto, seu corpo doía ainda sentindo toda a tensão de ter que correr e lutar por sua vida. Olhou para os dois que dormiam tranquilamente nas redes, um único dia não seria o suficiente para da-los o descanso que precisavam e mereciam. Desviou seus olhos para Higley, ele se mostrou um homem muito forte e corajoso, mas agora ele parecia acabado, as roupas sujam davam ainda mais força a essa ideia. Ele passou a mão pelos cabelos desgrenhados, seus olhos estavam fundos e perdidos na escuridão da noite, algumas feridas espalhadas por seu corpo o deixava com uma aparência ainda mais preocupante.

Ela suspirou e deu um sorriso de lado.

— Acho que todos nós estamos acabados. — falou pegando sua mão.

— Não há melhor definição. — ele concordou segurando sua mão. — Mas e então, no que você pensou?

— Vamos ficar aqui por um tempo, — respondeu olhando em seus olhos. — não consigo confiar em todos, mas nós quatro vamos continuar cuidando uns dos outros. Precisamos nos recuperar um pouco.

— Por mim tudo bem, depois a gente pensa em como sair desse inferno todo.

Ela concordou com a cabeça.

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⏰ Última atualização: Aug 29, 2021 ⏰

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