Capítulo 15

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-Opa... - Pietra fecha a porta enquanto sai.

Akita sorri depois que afasta sua testa da minha. Fico encaranso seu sorriso até ele perceber. O homem a minha frente me olha com intensidade, fazendo com que suas iris azuis me fizessem admira-las.

Akita passa a mão no cabelo e fecha seus olhos. Ele se vira e volta a se sentar em sua cadeira.

-Melhor ir ver o que Pietra quer. Ou ela entra de novo! - Ele diz com um sorisso de lado enquanto olha algumas coisas em sua mesa.

-Tudo bem... Já vou indo. Até!

-Até! - Akita me da uma piscadinha e eu sorrio.

Saio do escritório e fecho a porta. Dou de cara com Pietra no flagra. Ela estava no meio de um tipo de comemoração. A mulher ruiva para de pular e me olha assustada.

-Opa... - Imito ela que da risada.

-Não sabia que estava namorando com meu irmão! - Ela sussurra e eu me engasgo.

-Deixa de ser maluca, Pietra. Te recomendo procurar ajuda psicológica, porque você está prescisando. Cada vez mais ficando maluca! - Pietra me da um tapa e eu resmungo colocando a mão no local onde dói.

-Você me respeita! - Ela para de ficar séria e volta a sorrir - Mas me fala... Gostou, não gostou?!

-Pietra!!! - Dou risada ficando constrangida.

-Aah que coisa fofa. Ganhei a resposta ao ver sua reação - Ela aponta para o meu rosto - Virou um pimentão, de tão vermelha que ficou!

-Deixa disso! Então, o que você queria quando... Então, o que era?

Pietra solta uma gargalha e eu bufo, mas minha vontade era de rir.

-Ai Maya... Você ainda vai me matar de tanto me fazer rir. Eu fui te procurar, para te avisar que seus amigos chegaram um tanto quanto mais cedo. Estão lá fora, não quiseram entrar.

-Ah sim, tudo bem. Obrigada por avisar. Então eu já vou indo. Até mais tade! - Me despeço e escuto ela se despedir também.

Saio da casa e encontro Apolo e Jasmine sentados em alguns degrais. Chego de mansinho por trás deles, e lhes dou um susto.

-AHAAAA!!! - Grito fazendo Apolo pular e Jasmine ergue sua mão fechada em punho.

Misericórdia!

-Calma! - Dou risada da cara dos dois.

-Sua retardada! Ficou doida, Maya?! - Jasmine pergunta irritada.

-Calma Jane, a Maya só fez uma brincdeira... De péssimo gosto, mas não deixou de ser uma brincadeira. - Apolo fala enquant tentava acalmar nossa amiga.

-Fica quieto aí, o alvo de cupido. Tô afim de fica de vela tão cedo não. - Jasmine fala e depois suspira.

Isso foi estranho... Eu não entendi o por que ela disse aquilo. Apolo está apaixonado? Por quem?

-Tudo bem, passou. Agora vamos! - Toco em Apolo e saio correndo.

Jasmine corre ao meu lado, e Apolo corre atrás de nós duas. Enquanto corríamos, davamos altas risadas, atraindo a atenção dos que estavam perto, incluindo olhares estranhos, e sorrisos dos mais velhos.

[...]

-Tchau, Jasmine! - Eu e a Apolo nos despedimos, e saímos da frente da casa dela assim que ela entra.

Ficamos caminhando em silêncio, até que eu descido perguntar.

-Então... Está apaixonado por alguém? - Pergunto, atraindo a atenção de Apolo.

-Vamos se dizer que... Sim. Estou gostando de alguém sim. Por?

-Por nada. Só perguntei para saber. Pura curiosidade. - Assim que respondo, Apolo acente, mas ele pareceu ficar triste.

Ele não sabe esconder uma emoção, sequer. Incrivel!

-O que fez hoje? - Ele me pergunta e eu dou risada

-Além de ficar a manhã, tarde e praticamente metade da noite inteira com você e Jasmine? - Ele da risada e acente.

-Fui buscar meu pai no hospital. Ele graças a Deus está melhor! - Respondo e Apolo sorri concordando.

-Fico feliz por isso. Ver você feliz, me deixa feliz! - Ele fala quase em um sussurro, e eu estranho.

-Estranho, porém compreendo. Ninguém deve gostar de ver algum amigo triste. - Respondo e ele me olha erguendo uma sombrancelha.

-Depende. Tem amigos que desejam o mal. - Ele rebate.

-Não. Pessoass assim não são amigos de verdade. Devemos tomar cuidado, muito cuidado mesmo com as pessoas que nós criamos intimidade e confiança. Podemos muito bem ser enganados.

-Nossa, desculpa aê! - Ele fala erguendo as mãos em sinal de rendição e eu dou risada.

-Tudo bem, ninguém nasce sabendo. Mas eu pensei que alguém com dezenove anos, já tivesse um pouco de conhecimento sobre isso. Mas tudo bem, acabei me enganado. - Provoco e vejo ele gargalhar.

-Sempre com a lingua afiada! - Apolo diz rindo.

-Sempre com a resposta certa. - Pisco e subo os poucos degrais para entrar dentro da casa.

-Maya, posso te pedir uma coisa? - Ele pede eu aceito - Podemos sair qualquer dia desses? Sô nós dois?

-Diferente... Mas sim, podemos. Depois a gente marca certinho. Até esse próximo dia.

-Boa noite, Maya! - Ele me deseja e sai andando.

-Boa noite... - Entro dentro de casa, e encontro ela em silêncio.

Fecho a porta e caminho até a cozinha. Faço um pequeno lanche, e quando vou sair, alguém solta um tosse forçada. Me viro e vejo Akita e Carla.

-Isso é hora, menina? - Carla pergunta e Akita cruza os braços.

-Aaah qual é? Nem cheguei tão tarde assim! - Falo indignada, e Akita bufa e Carla suspira.

-Uma da manhã, não é tão tarde, Maya? - Akita pergunta e eu arregalo meus olhos.

-UMA... Uma hora da manhã?! - Pergunto realmente surpresa, e Carla solta uma risada e Akita permanece sério por alguns segundos, mas vejo ele abaixar a cabeça e sorrir minimamente.

-Pois é! Não tem relógio, não? - Carla pergunta tentando segurar o riso.

-Mulher... Eu não levei nada comigo hoje. Caraca... Pisei na bola real, né? - Pergunto e eles concordam.

-De novo... Grande novidade! - Akita fala debochadamente.

-Fica na tua aí, muleque! - Digo enquanto meu dedo para ele, que ergue uma sombrancelha e suas mãos.

-Acho que chegou meu fim? -  Ele debocha e eu bufo.

-Parem vocês dois, pombinhos. Respeitem a minha pessoa. Maya, seu pai perguntou de você, amanhã provavelmente você vai levar um bom de um sermão. E Akita, agora que ela chegou, os dois podem subir e ir dormir! - Carla fala e bate as palmas fracamente.

-Alá... Desculpa aí, e! - Akita fala sarcasticamente e ela da um tapa em seu ombro.

-Andem agora! Para ontem. - Saio correndo para não leva um tapa, e subo as escadas seguida por Akita.

Quando eu ira entrar no meu quarto, Akita me chama e eu me viro, sendo surpreendida por um beijo.

Depois de um tempo ele me solta, me deixanso paralisada.

-Pronto... Boa noite, marrenta! - Ele diz e eu lhe mostro a lingua - Já quer outro? - Faço cara de confusa por não entender e ele suspira - Outro beijo, lerda.

-Você. Me. Respeita. Seu. Idiota. Mimado! - A cada pausa eu dava um tapa em seu braço.

-Chega - Ele sorri e me rouba um pequeno beijo - Boa noite, marrenta! - Ele se afasta e eu o xingo.

Entro no quarto assim que escuto sua risada.

Ousado! Idiota ousado!

...

A Loba MayaOnde histórias criam vida. Descubra agora