A Loba Maya

Capítulo 17

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-Oi? Está perdida? - Pergunto para a garota à minha frente.

Ela olha ao redor, mas eu estou escondida atrás de uma árvore. Suspiro e saio de perto da árvore.

-Aqui! - Ela me olha e sorri amigavelmente - Então, está perdida?

-Na verdade... Estou sim. Quem é você? - A garota loira/loura me pergunta.

-Maya, e o seu? - Me sento no chão e ela faz o mesmo.

-Madeline. Nome bonito o seu! - Ela sorri e eu faço o mesmo.

-Quer que eu te ajude a encontrar seus pais? - Pergunto e ela sorri de orelha a orelha, me deixando com uma sensação estranha.

-Primeiro, você poderia me responder uma coisa, Maya? - A garota pergunta enquanto se levanta, e eu me levanto me afastando um pouco.

-Tudo bem, pode perguntar.

-Onde você mora? Na floresta? - Ela pergunta.

-Em casa. Mas sim, elas ficam na floresta! - Sorrio enquanto digo, e a menina da risada.

-Você é um dos mons... Dos que vira animais? - Ela pergunta e eu concordo.

-Sim, algum problema?

-Que? Nenhum! Eu amo vocês, acho incrivel a forma de vocês! Posso ver a sua? - Ela pergunta com tanto interesse que eu acho que posso confiar nela.

-Claro! Quer saber, se você prometer não dizer para ninguém, posso te mostrar onde moro!

-Sério? Vai ser um prazer, Maya! - Madeline responde alegre.

Seguro em sua mão, e puxo ela a guiando pelo caminho certo. Quando chegamos, ela olha ao redor vendo tanto lobos, quanto humanos.

-Obrigada... Agora eu presciso voltar. Meus pais devem estar me esperando! - Ela diz e eu fico confusa.

-Você não disse que tinha se perdido? - Pergunto e ela sorri e se afasta.

Isso foi estranho...

(...)

-MAYA! - Minha mãe me grita, fazendo eu me acordar com algumas lágrimas nos olhos - Perdão filha, mas prescisamos ir, AGORA!

Minha mãe fala nervosa e percebo que ela estava chorando. O que está acontecendo?

Paro um pouco e me concentro na minha audição. Escuto gritos extremamente altos e arrepiantes. Fico assustada e vejo que minha mãe correu para fora do quarto.

Vou atrás dela e vejo que ela pegou Pérola, pois a minha pequena irmã chorava demais. Fico assustada com tudo ao meu redor.

-Mãe, cadê o papai? - Ela arregala os olhos e tenta me puxar para fora de casa.

-Não! Eu vou procurar ele, vai na frente! - Peço e minha mãe chora, tentando me puxar mais uma vez - Mãe, por favor... Se esconda na cachoeira. Eu me encontro com vocês depois. Presciso achar o meu pai!

Ela assente e corre para fora, enquanto abraçava Pérola, não deixando ela ver nada.

Corro pela casa toda e entro em todos os comôdos, mas não o achei.

Escuto um grito agoniante, e sinto um arrepio percorrer minhas costas. Lágrimas rolam pelo meu rosto ao reconhecer de quem era.

Não, não e não!!!

Escuto vozes e um choro. Corro na direção da porta e saio de casa. Vejo meu pai tentar se aproximar de um homem que segurava uma arma.

Tento chegar até ele, mas todos estão correndo por todos os lados. Acabo sendo empurrada para o chão, ao ir direto de encontro com um lobo extremamente apavorado.