2.Andei Só

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Bom, como tudo na vida, tudo que termina têm "começos", então é partir daqui que as experiências vividas tornam-se essenciais para atravessar situações extremas e ao se deparar com uma pessoa que fez você encontrar o inferno na Terra, é sim uma dessas que é necessário desenvolver auto controle e além disso, destreza para se sair bem de algo que ainda machuca quando tira a casca.

Florence estava a caminho do seu quarto, percebendo a paisagem paradisíaca, com vários quiosques de palha, uma areia convidativa para tirar os chinelos dos pés e sentir a textura dela, cadeiras confortáveis para degustar aqueles drinks exóticos, uma vegetação agradável que condizia com a sensação de relaxamento com a brisa batendo no seu rosto e balançando seus cabelos cacheados descoloridos como um momento único, sensação única, até que encontra um dos infernos, vamos nomeá-lo por enquanto de Inferno n°6.

— "Ah.... Uma pena que ter que trabalhar em cima da hora é bem desconfortável quando estava se acostumando a fazer nada" — diz pensando alto com tom de frustração ignorando as pessoas ao seu redor até que uma voz familiar a responde — 

— Nunca imaginei que a veria novamente — diz hesitante — nesse cenário e sozinha.

Nessa hora, sobe uma raiva contida, mas era necessário manter a pose, já naquela altura do campeonato atrair energia ruim, me poupe!

Ela se vira para ele e diz — Ah, nossa!  Que coincidência! Achei que nunca mais te veria — com um tom ácido 

— Bom... Parece que agora consigo ter minhas próprias maneiras de chegar aqui — puxando a nova '"aquisição " ao lado e a apresenta — e essa aqui é a Heather, é uma fã da sua obra ela gostaria de um autográfo se fosse possível.

Heather está morrendo de vergonha, se escondendo atrás do livro, apenas para um autografo, resolvi dar uma de superior para que não ficasse feia na foto, já imaginou não tratar bem um fã e sair nos tablóides, sangue e fogo 

Ela pega o livro e pergunta — Vocês estão juntos há quanto tempo? — pergunta hesitante por não querer ouvir a resposta 

Heather responde — estamos juntos há uns 6 meses e ele já me pediu em casamento — mostra a aliança para ela

Ela já sabia que tinha sido corna, mas como são tempos passados, não precisamos reviver um momento tão infernal na vida de uma mulher e saber que outra está no lugar dela e sendo elevada em um outro patamar, significa que as energias nunca iriam bater, essa é uma história mais para frente, para contextualizar a raiva que ela tá passando agora e suando frio.

— Uau! Que aliança maravilhosa, deve ter custado uma fortuna! — diz em tom melancólico pois já havia pensado isso com o inferno n° 6 — Fico feliz que alguém tenha dado um jeito nesse cara — dito em tom irônico 

— Está aqui seu livro assinado Heather, espero que continue lendo a série, já que ainda tem muita coisa para acontecer viu? — diz sorrindo 

— Ma-ma-ma mais é claro que irei — diz Heather com vergonha e feliz pelo autografo

— Bom, a gente se vê por ai Florence — uma pequena pausa — espero que encontre alguém que acenda sua energia — diz em tom de brincadeira

Florence se despede por educação e volta a se dirigir ao quarto e empacotar suas coisas, imagine, passar por isso que alguém já tinha prometido que só tinha você na vida dele para uma hora para outra, trocar por alguém que é gado do que você fez, pelo visto não é tão mal assim, é um amadurecimento, gratiluz Deus!

Chegando ao bangalô, ele era em estilo praiano, tinha o telhado de bambu, uma vista ma-ra-vi-lho-sa-men-te linda para a praia, sonho de qualquer princesa, uma sala de estar, uma cozinha e no piso de cima, o mezanino com a suíte master com banheira e vista para a praia, simplesmente deslumbrante, porém é hora de dar adeus e começar a arrumar as malas até que o celular vibra em cima da mesa próximo ao notebook com a mensagem de Margareth

A difícil vida de uma gostosaOnde histórias criam vida. Descubra agora