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• S/N MATTEIS

A festa estava indo super bem. Gustavo já simpatizou com os meninos e estava tudo como o planejado.

Bruno as vezes me dava umas olhadas aqui e lá, mas eu nem ligava. Eu não parei quieta um segundo, eu toda hora ia de mesa em mesa puxar assunto e interagir com todos. Claro que eu não me esqueci de lucas, laurinha e ceci.

Eu ia olhar eles e de vez em quando gustavo ia para mim. Agora eu vim pegar mais gelo aqui dentro para o barman.

— trouxe o seu namoradinho, hum? — escutei aquela voz rouca atrás de mim. Nem fiz questão de ver quem era porque eu já sabia que era o bruno — o que pensa que está fazendo enganando ele?

— acho que quem está se enganando aqui é você, querido — me viro encarando seus olhos castanhos. Dou um sorriso forçado ao mesmo que não faz nem questão de tentar.

— por que? vai me dizer que ama ele? — ele riu com as mãos no bolso da calça — s/n, s/n, quando você irá desistir de tentar me esquecer e vai assumir que eu sou seu e você é minha?

— nunca. Eu não sou sua, bruno goés. Fui um dia, mas hoje eu não sou mais — dou um sorriso sarcástico — aliás, você está bem fanfiqueiro ultimamente. Tá jurando que nós ainda existimos.

— você não disse isso enquanto eu te fodia, acho que até um “eu te amo” rolou, se lembra? Nunca imaginei que você fosse tão infiel assim.

— não se iluda, nobru — eu praticamente cuspi seu vulgo — eu não disse isso e eu não sou infiel.

Nesses últimos tempos eu fiz o bruno ficar muito confuso, era para ele sentir na pele como uma mulher pode agir que nem homens às vezes.

Sim, eu não desmenti que estava namorando gustavo, mas eu também não disse isso. Eu só dei a entender.

— ah, não é? — ele se aproximou — quando no final da noite você vier para fuder comigo, eu vou te lembrar que você namora.

— eu não vou, pode ter certeza disso — eu disse convicta, mas nem eu tinha tanta certeza assim.

Bruno me deu um selinho, sorriu e saiu debochando da cozinha. Assim que ele sai, godkill entra rindo.

— o que foi dessa vez, juan?

— tu e nobru estão de caso de novo. Quem sabe disso? — ele apoiou os ombros na ilha.

— não estamos de caso. Tira essa ideia da mente e agora me ajuda a levar esses gelos pro barman antes que derreta — eu ordeno e ainda mudo de assunto.

Agora até godkill sabe, olha que maravilha!

Godkill me ajuda a levar os gelos até lá fora e após isso vai rindo para a sua mesa.

— qual desses é o seu namorado? — tomo um susto após escutar a voz de gustavo atrás de mim.

— que susto! — ponho as mãos no peito tentando desacelerar meu coração — mas respondendo sua pergunta, nenhum deles. São todos meus amigos.

— uhum, sei — ele dá pequenas goladas em sua bebida — e aquele ali?

Ele joga a cabeça pra direção de bruno.

— pai biológico do lucas.

— e aquele ao seu lado? — ele perguntou sobre bak.

— pai adotivo — bebo. Ele me olha sem entender e eu dou os ombros dizendo que depois explico essa história a ele.

[...]

A festa animou e eu e as meninas animamos junto. Começou a tocar uns funk que dá muita vontade de viver e aí nós não se seguramos.

Puxei Tainá e nós começamos a dançar juntas.

— olhei no zap, no Instagram, mas não te achava — cantei para Tainá.

— fui no seu portão, sua mãe me atendeu, olhei para a cara dela e perguntei “cadê o mateus”— ela continuou.

— ela me respondeu “ele tá lá em cima”, vai chamar ele, só não demora menina! Bagulho pegando fogo, aquele clima de maldade — lara cantou.

— sexo com saudade, tá ligado. Aí já sabe — cantamos juntas e depois começamos a dançar no ritmo da música.

A bebida no chão e a mão no joelho, era esse o nosso estado e olha que eu nem danço assim, hein.

Mas hoje está liberado, é meu aniversário, né.

— quem tá com a música no celular? Tem como colocar um brega, ai? — gritou Tainá e eu apontei para voltan.

O FILHO DO NOBRU || (REESCREVENDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora