Capítulo 10: até o último gole

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Renato Garcia
Casa | 18:00 H

     Depois de passar uma tarde agradável no parque repleto de flores, Léo trás um mini buquê de flores que ele preparou, quando chegamos em casa o garoto ainda estava sorridente, peço para ele tomar um banho que eu ia pedir o nosso jantar, mordo meu lábio vendo se Léo ainda estava no banho, pego meu celular discando o número de Miguel.

- Alô? Renato? - Escuto a voz do Miguel na linha, dou um suspiro. - Aconteceu alguma coisa?

- Oi, eu quero te pedir um favor hoje, você pode ficar com o Léo? Eu posso levar ele aí umas nove horas? - Pergunto com a voz baixa.

- O que você vai fazer? Se encontrar com aquela mulher?! - A voz do Miguel estava raivosa.

- Sim, mas hoje na empresa eu rasguei o contrato do casamento, vou sair para jantar com ela apenas para avisar sobre isso. - Digo dando um suspiro baixo.

- Fico feliz que tenha tomado juízo, você sabe muito bem como eu sou contra o casamento, eu estava planejando fazer uma surpresinha para o Hobi... Sabe como é né, porém essa é uma causa maior, pode trazer o Léo.

   Agradeço e logo em seguida desligo o celular, mordo meu lábio me jogando na sofá e vejo Léo vindo até mim com uma roupinha de dormir, com passos lentos o pijaminha fofo coube direitinho em seu corpo, mesmo que a blusa ficou grande em seus braços assim fazendo suas mãozinhas ficarem escondidos. Sento no sofá puxando ele para o meu colo, beijo o seu rosto sentindo seus bracinhos rodearem meu pescoço.

- Meu bem, eu vou te levar hoje às noves para a casa do Miguel, tudo bem? - Ele forma um biquinho adorável em seus lábios, não resisto e dou um selinho naqueles lábios carnudos. - Eu vou para um jantar importante, preciso que você fique com o Miguel, vai ser bem rápido eu prometo, Léo.

- Eu só queria dormir abraçandinho com você, enquanto assistimos filmes, enquanto eu te dou beijinhos. - O garoto dizia em tom manhoso, olho para ele sorrindo para ele; sabia que Léo estava tentando me convencer a ficar com ele.

- Eu infelizmente não posso, eu prometo que amanhã vamos fazer isso e vou te encher de beijos assim que chegar. - Digo o  abraçando a sua cintura beijando seu rostinho várias vezes.

   Depois de mimar o Léo um pouco, levanto para tomar um banho, me visto com uma roupa casual arrumado, passo meu perfume e arrumo meus cabelos. Vejo o meu pequeno sentado na cama obedecendo cada movimento que eu fazia, com os braços cruzados e o biquinho insistente em seus lábios aquela visão era complemente adorável, quando termino de me arrumar vou até ele que estava pronto também. O caminho todo para a casa do meu amigo foi silencioso, quando chegamos lá ele estava nos esperando com um sorriso grande no rosto, peço para amigo nos deixar um pouco a sós.

- Olha para mim, neném. - Peço levando minha mão um tanto gélida para a sua face, ele me olha com os olhinhos marejados. - Não chore eu vou voltar logo.

   Levo minha mão até a sua nuca puxando ele para um beijo, nossos lábios se tocam com voracidade, nossas línguas se esfregam em um atrito gostoso, suas mãozinhas pequenas apertando meus lábios e minhas mãos estão em sua cintura puxando o seu pequeno corpo contra o meu. Assim que separamos nossos lábios ele estava ofegante, dou um sorriso vendo seu corpinho mole. Volto para o carro sentindo o gosto dos lábios do gatinho, começo a dirigir e quando paro no sinal mando uma mensagem.

[✉ Renato]: Estou indo, espero que esteja pronta, não quero esperar.

[✉ Amanda]: Estou pronta, Renato!

   Depois de alguns minutos estou na porta da mansão Mendes, vejo ela vindo em direção ao carro com trajes arrumados e aparentemente caro, quando ela entra no carro logo sinto cheiro do perfume doce invadir minhas narinas, abro a janela do carro, pois o perfume estava muito forte, ela vem me dá um beijo no rosto e eu desvio de seus lábios. Ela me dá o endereço do restaurante que íamos, assim que chego percebo que eu já tinha ido uma vez com Renan e Thiago, para fazer um jantar entre amigos, descemos do carro e seguimos até a mesa que foi reservada.

[Narrado pela autora]

   Quando chegaram na mesa logo pediram o cardápio, Renato estava nervoso para dá a notícia que rasgou o contrato, o cardápio chegou Amanda pediu o melhor vinho da casa e Renato pediu apenas um suco de maracujá.

- Tem certeza que não irá beber, Renato? - A garota perguntou deslizando seus dedos para a mão do rapaz a sua frente, que o mesmo encolheu sua mão rejeitando assim o toque.

- Não posso, irei voltar para casa dirigindo. - Disse bebendo a água calmamente. - Então sobre o que eu queria conversar, eu estive pensando muito sobre o contrato do casamento e sabemos que ambos íamos sair financeiramente beneficiados, porém eu estou colocando a minha felicidade em jogo e você também merece casar com uma pessoa que te ama, uma coisa que eu jamais poderei fazer é te amar, então para que nós dois não sejamos infelizes na vida, eu rasguei o contrato.

- Como assim você rasgou o contrato?! você está louco, Garcia? como pode fazer isso? - Perguntou Amanda cruzando os braços na frente do busto, Renato jogou seus cabelos para trás.

- Sim eu rasguei, olha Amanda é melhor assim, você ainda é jovem e tem uma vida toda pela frente.

   O celular do Renato tocou e ele pediu licença para atender, assim que saiu o suco e o vinho chegou, Amanda estava furiosa com a declaração do mais velho, como ele ousa não querer casar com a filha de uns dos homens mais poderosos de Nova York. Amanda abre a bolsa tirando de lá uma pacote pequeno com um pó branco dentro, rasga e despeja no copo com suco de Renato, mistura com a colher dando um sorriso maldoso.

- Beba até o último gole Garcia, essa noite será muito divertida para nós dois, uma noite que jamais esquecerá. - Colocou o copo no lugar e quando viu Renato vindo, jogou o plástico da droga na bolsa, aprecia o mais velho bebendo o suco calmamente. Aquela noite será longa.

Oh My Cat!  • LeonatoOnde histórias criam vida. Descubra agora