the Greatest Victory - SUPERCORP

o próximo passo

sábado, 11:30

O último mês foi o mais incrível que Lena já teve. Sua mãe realmente havia mudado, de todas as formas possíveis. Lilian não morava mais no apartamento próximo, todos os dias ela ia e voltava para casa, para Lena.

A vitória das Amazonas proporcionou um ânimo a mais, como se já não estivessem animados. Todo dia era dia de comemoração e festa. Sam, Andrea, Brainy, Nia... Lena iria sentir falta imensamente de todos. Quase desistiu de estudar no outro lado do oceano para ficar com eles, mas todos asseguraram que nada mudaria, a amizade que criaram ali era maior que as barreiras da distância.

Lena não pensava em como seria ficar sem Kara. Ela sofreria pela a ausência quando fosse a hora e nenhum momento antes. Isso ocorreria em três dias. A nerd precisava ir embora um mês antes das aulas começarem para garantir um quarto nos dormitórios do campus, se inscrever nas aulas e cursos extracurriculares.

Kara andou para o palco e Lena foi a primeira a começar a bater palma. Lilian e Nana riram, mas a acompanhou logo em seguida, assim como o resto das pessoas.

- Aos 5 anos nos perguntaram o que queríamos ser quando crescêssemos e dizíamos coisas como: Astronautas, presidentes ou, no meu caso, princesa. Aos 10 voltaram a nos perguntar e dizíamos: Estrelas de Rock, cowboys ou, no meu caso, medalhista de ouro. - Kara discursava em cima do palanque, olhando para seus colegas e pais. Eliza estava extremamente emocionada e Alex escondia o riso da mãe. Kara continuou, mas dessa vez sorrindo também. - Mas agora que somos maiores, querem uma resposta séria, então que tal esta: Quem diabos sabe?

O público bateu palma e riu concordando. Kara continuou:

- Não é o momento de tomarmos decisões rápidas, é o momento de cometermos erros, de tomar o trem errado e se perder. - Kara olhou para Lena, sabendo exatamente onde estava sentada e piscou com um olho. - De se apaixonar... frequentemente. - Quando Lena ficou vermelha de vergonha, o sorriso de Kara ficou maior ainda. - De se formar em filosofia porque é impossível fazer carreira nisto. De mudar de ideia e voltar a mudar porque não há nada permanente. Assim, depois de cometer todos os erros que puder, algum dia, quando nos perguntarem o que queremos ser, não teremos que adivinhar... Nós saberemos.

Acompanhada de aplausos e gritos de comemoração, Kara foi para seu lugar. Então cada pessoa foi chamada para pegar o diploma e quando todos receberam o seu, capelos foram finalmente jogados para cima.

Após a cerimônia de graduação, as duas famílias foram almoçar juntas num restaurante. A ideia toda era de Lilian por incrível que pareça.

- Nana, para onde vai depois que se aposentar? - Kara perguntou.

- Vou aproveitar meu presente! Essas duas aqui, - a senhora apontou para Lilian e Lena com o dedão de modo conspiratório - fizeram a loucura de comprar uma casa no campo como sempre planejei ter quando quisesse me aposentar.

Kara riu, mas não chegou aos olhos. Todo mundo estava seguindo em frente e ela era a única que ainda não sabia exatamente o que fazer.

- Não se preocupe querida, pode ir me visitar quando quiser. Sempre haverá um pedaço de torta para você - a senhora segurou sua mão a confortando.

- Para Kara, acho que vai precisar ter uma torta inteira - Alex brincou.

Todas da mesa riram, mas Lena estava concentrada demais na namorada para achar graça.

- E você, Lilian? Irá voltar para a cidade? - Eliza perguntou com um pouco de acidez. Ela não conseguia perdoar a mulher que deixou a filha praticamente abandonada por todo aquele tempo.

- Não, vou estar na Rússia com meu filho. Ele tem um novo projeto por lá e acho que posso ajudá-lo. - Lilian respondeu depois de beber seu vinho branco. - E você?