finalista

6.1K 715 83
                                    

sábado, 12:33

Lena acordou com o forte cheiro de café e com a cama afundando ao seu lado. Ela se sentia mal antes mesmo de abrir os olhos, o estômago afundava em suas entranhas, tontura e o pé que deveria estar imobilizado doía.

- Sei que preferia voltar a dormir, mas sua mãe enviou o médico da família para olhar a sua perna. Ele disse que a Sra. Luthor preferia uma diagnóstico dele do que de qualquer outro.

Lena reclamou e tampou os olhos quando a claridade do quarto fez sua cabeça doer. Por que ela teve que beber tanto ontem?

Kara parecia pronta para buscar um balde para Lena, mas a nerd prometeu a si mesma que não iria vomitar.

- Quando ele vai chegar?

- Ele está esperando você chamá-lo. - Kara entregou o café forte para Lena que bebeu com prazer, aquilo parecia melhorar o enjôo. - É tão estranho vocês terem um médico particular que te atende a qualquer horário do dia. Sabe quem tem isso hoje em dia? - Kara usava seu tom brincalhão - Assassinos profissionais.

Lena riu, nunca tinha parado para pensar naquele privilégio.

- Dr. Stein trabalha para nós antes mesmo de eu chegar na família, ele sempre foi bom comigo. - A Luthor falou mais baixo e olhou para os lados como se alguém pudesse escutar. - Mas não se preocupe, você está namorando a herdeira dos "assassinos profissionais", sua vida está salva.

Kara entrou em choque e Lena parou de sorrir, se dando conta do que acabou de dizer.

- Você tá falando sério?

- Desculpa, Kara, eu não quis colocar desse jeito foi só uma brincadeira...

Kara calou Lena com um beijo intenso e se afastou apenas para olhar nos olhos de Lena.

- Descul...

- Shhhhh, Lena Luthor. - Kara sorriu e Lena ficou mais aliviada com aquele sinal. - Pensei em mil maneiras de fazer esse pedido para você, mas nunca imaginei um nesse cenário: na cama e você tomando café de ressaca.

- Em todos os cenários que você pensou e nenhum havia uma cama no meio? - Lena perguntou desacreditada.

Kara sorriu de lado como se tivesse sido pega, mas sacudiu a mão para voltar o assunto principal.

- Eu gosto de você demais, Lena. Estou apaixonada por você - Kara disse aquilo pela segunda vez em voz alta. - Eu quero que isso, nós, se fortaleça e concretize. Você quer namorar comigo?

Lena sentiu vontade de pular na cama, de dançar a hula, de sair gritando pela rua e dar estrelinhas. Kara Danvers, a capitã do time de vôlei feminino estava na sua cama a pedindo em namoro. Kara Danvers, a garota mais popular da escola.

- Acho que é um pouco óbvio. É claro que quero namorar você.

Lena esqueceu de todo o mal estar que estava sentindo, pois agora Kara Danvers era a garota que namorava e tudo o que ela precisou fazer foi cair de bicicleta.

terça-feira, 10:46

Lena andava pelo corredor na sua troca de aulas com Brainy. Ela não precisava mais da bota ortopédica, segundo o médico da família que Lilian Luthor mandou examinar a filha. Completava um mês que Lena andava normalmente e não precisava mais fazer os exercícios chatos da fisioterapia diariamente. Lena estava mal acostumada com a presença de Kara a acompanhando para todo lado, mas ela gostava de ter sua independência de volta.

Os dois amigos tiveram uma prova surpresa na última aula, inglês não era o seu forte, então ela tirou B- enquanto Brainy conseguiu um A+. Lena estava mais preocupada com a reação da sua mãe do que com o que essa nota pudesse afetar em seu boletim. Sabia que aquilo não afetaria o resultado da sua aprovação em qualquer universidade que os Luthors achavam digna.

- A Universidade de Washington me aceitou e ofereceu uma bolsa para estudos científico, mas ainda estou esperando por Stanford. Conto os dias para acabar isso tudo, - Ele desviou de Lucy Lane que corria pelo corredor para abraçar James Olsen e quase trombou com Brainy se ele não tivesse desviado - não vou sentir falta de nada.

Lena balançou a cabeça concordando. Tirando os últimos meses, eles passaram o tempo todo excluídos das atividades sociais que o resto da escola parecia participar. No começo era porque ninguém os queria por perto ou então os olhavam tirando sarro e depois eles escolheram passar o tempo livre na biblioteca.

Entretanto, ela sentiria falta dos momentos com Kara. Agora faltando apenas algumas semanas para acabar as aulas, ainda não haviam conversado sobre como seria o futuro. Após Kara declarar que estava apaixonada por Lena, a Luthor estava em estado de euforia, não queria que aquele momento acabasse.

Kara apareceu por trás de Lena a agarrou pela cintura.

- Vou te perguntar algo e você tem que dizer sim - a Danvers disse. - Você aceita ser meu par no baile?

Lena estava focando tanto nos estudos que não percebeu que iria ter um baile em duas semanas. Foi a Kara dizer que ela percebeu os cartazes pelos corredores e a animação dos alunos ao seu redor. O fim estava chegando.

- Nunca fui a um baile - Lena respondeu. - Mal sei dançar.

Kara sorriu.

- Não se preocupe, eu sei conduzir muito bem - Ela piscou um olho para Lena antes de correr para sua próxima aula. Antes de virar o corredor, voltou a gritar para Lena - Mas você vai ser o meu par?

Cabeças se viraram para olhar entre Lena e Kara. A Luthor mal notava as outras pessoas e sorriu antes de dar a resposta.

- É claro que sim!

sexta-feira, 7:23

Kara respirou fundo. Aquela partida era a mais difícil que o time já teve nessa temporada. Apesar das Amazonas serem habilidosas, quando se deparavam com outro time de maior disciplina e técnica, acabavam por ficarem nervosas demais, o que levava a derrota.

Entretanto, no último intervalo, o treinador deu um discurso que as tocaram. Elas dariam tudo o que tinham para passar para a final. Após aquele jogo, se vencerem, elas estariam no top 3.

Kara olhou Lena que estava sentada logo na primeira fileira junto com Brainy. A morena estava com as mãos unidas e os olhos expressava nervosismo. Ao lado de Lena estava Eliza Danvers, batendo palma e animando Kara. Seu sorriso transmitia orgulho e dava confiança a capitã.

Ver sua mãe torcendo ali por ela depois de tantos momentos difíceis era o que encorajava Kara a vencer.

Kara sacou e as Green Lanterns armou a jogada. Nia salvou a bola antes que pudesse cair no chão num mergulho. Lucy Lane levantou a bola e Sam pulou e soltou o braço. A bola bateu com força e rapidez na quadra do outro time. Mais um ponto e a final era delas.

Era a vez de Sam sacar. Eu sorri para ela. Sam era selvagem e imprevisível, o outro time jamais a seguraria. Sam jogou a bola para cima e o saque forte e preciso jogou a bola no canto de trás da quadra, onde o outro time foi incapaz de salvar.

As Amazonas se uniram num abraço e a torcida de Midvale gritou em comemoração.

the Greatest Victory - SUPERCORPOnde histórias criam vida. Descubra agora