Capítulo 5 - Final - Lado A:

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Noah Urrea-





Um matemático inglês, provou cientificamente que tinha apenas 1 chance entre 285 mil, de encontrar o amor da sua vida. Seu trabalho foi reconhecido na aérea e se tornou parâmetro para esse tipo de pesquisa. Dois anos depois, ele conheceu alguém casualmente, noivou e se casou.

O que isso significa? Que números e sentimentos não seguem as mesmas regras.

Nenhuma ciência exata poderia explicar o que senti por Josh Beauchamp. Nem eu mesmo compreendendo a intensidade de tudo que aconteceu entre nós.

Nunca mais me senti da mesma forma. Talvez ele fosse o meu 1 em 285 mil...

Depois daquele quase beijo, tudo ficou diferente. O professor ocupou todos os espaços e não tive outro momento com o jovem divertido e risonho.

Ainda nos encontrávamos para trabalhar no problema, entretanto, ele se encheu de defesas e muros para me manter longe e sob controle.

Mal sabia que quanto mais me afastava, mais eu tentaria puxa-lo de volta.

Me dei conta de que todos os autores de romance que conhecia, mentiram para mim.

Não existia calma, tranquilidade, paz... A paixão que nutria, era como um furacão que passou destruindo tudo pelo caminho.

Eu o queria de um jeito quase doentio...

O tempo correu, quando me dei conta, estava segurando o certificado de conclusão do curso avançado.

Não estávamos nem perto de resolver: "A hipótese de Riemann", parecia que com o distanciamento, perdemos nossa sintonia.

Josh, se recusava a falar sobre o futuro da nossa parceria e pensar que ele planejava cortar qualquer ligação entre nós, me deixava transtornado.

Eu não seria capaz de voltar para minha pequena cidade e fingir que nada havia acontecido.

Depois das coisas que ele me fez sentir, desejar e pensar, não existia outra saída para mim, senão aceitar que afundaria nessa areia movediça em que me enfiei.



Situações desesperadas, pedem medidas desesperadas...

Seguindo esse preceito, eu cruzei todas as linhas, ultrapassei todos os limites, e destrui tudo como uma bola de demolição...





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Flashback on – (Em algum momento do passado):





Conclui hoje o curso de verão. A turma inteira saiu para comemorar, eu fiquei, não vejo motivos para celebrar.

Nos próximos dias, devo voltar para casa e para o vazio de antes.

Com o vazio, vem aquele lugar solitário onde me mantinha.

Chego no dormitório, ando de um lado para o outro, penso em como esquecer a única pessoa com quem já me senti conectado, alguém que parecia me conhecer de verdade. Não chego a nenhuma conclusão.

No meio dessa paranóia, relembro cada instante que passamos juntos, todos são importantes para mim.

Repasso palavra por palavra, da conversa que tivemos aqui nesse espaço e um detalhe me chama atenção...

Desisto de qualquer resquício de bom senso e faço a maior loucura que já fiz.

Uma hora depois, estou parado em frente a porta, tremendo e suando. Agora que cheguei aqui, a ideia não parece tão boa.

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