Capítulo 6 - Final - Lado B:

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Josh Beauchamp-





Ultimamente, tenho pensado muito em um poema do Willian Shakespeare, que fala sobre tudo que você aprende ao longo dos anos. Especialmente, no seguinte trecho: "Descobre que se levam anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la. Que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida."

Eu levei um bom tempo construindo uma carreira, ganhando a confiança do círculo acadêmico, provando o meu valor como profissional, e com um único erro, perdi tudo.

Posso confirmar a veracidade do poema, vou me arrepender disso pelo resto da minha vida.

Naquela noite, quando Noah Urrea, bateu na minha porta, eu soube que ele poderia ser a melhor ou a pior coisa que já me aconteceu. Foi a pior...

Contrariando minha intuição, decidi assumir o risco e pagar para ver, aqui estou eu, anos depois, ainda pagando...







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Flashback on – (Em algum momento do passado):





Acordo, subitamente. Me mexo na cama e noto os olhos verdes pregados em mim.

(Josh) - Eu cochilei, desculpa. Dormi muito?

(Noah) - Uns 15 minutos.

(Josh) - E passou esses 15 minutos me olhando dormir? Por acaso, você é algum tipo de psicopata?

Solta uma gargalhada alta.

(Noah) - Se eu fosse, não te diria pra estragar o meu disfarce antes de te matar.

(Josh) - Faz sentido. Vou te fazer uma pergunta clichê, tá pronto?

Assente com a cabeça.

(Josh) - Foi bom pra você?

Outra gargalhada. Gosto desse som.

(Noah) - Foi ótimo, quem disse que a primeira vez é ruim, mentiu ou não transou com alguém bom de cama.

(Josh) - Eu já transei com você, não precisa mais flertar comigo e encher minha bola.

(Noah) - Preciso sim, porque quero que transe comigo de novo.

Lança uma piscadela.

(Josh) - Entendi. Vamos ver se você é tão bom de argumentos quanto de matemática.

(Noah) - Vou tirar de letra, sou da equipe de debate.

(Josh) - Pelo jeito, você se garante. Vou tomar um banho... você tem duas opções...

(Noah) - Quais?

(Josh) - Pode ficar aqui ou vir comigo.

Não reponde, se enrola no lençol e me segue para o banheiro...

Acontece que ele era bom mesmo de argumentos. Transamos mais duas vezes antes de cair no sono.





*Dia seguinte:





Pulo da cama apressado, vou até o meu escritório e escrevo a ideia que tive. Não sei de onde veio a inspiração, mas preciso garantir que não se perca.

Feito isso, escovo meus dentes no banheiro do corredor, e começo a preparar o café da manhã.

Reviso mentalmente, a minha agenda que está bem tranquila nas próximas duas semanas, até o fim do recesso escolar.

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