Nurmengard

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O vento frios chocavam-se violentamente contra os desfiladeiros das montanhas ao redor da agora prisão de Nurmengard, criando um clima ainda mais hostil para aquele lugar. O antigo castelo de Grindelwald não possuía mais a imponência exterior que uma dia teria tido. Suas paredes e muros sólidos já possuíam rachaduras e inúmeras infiltrações por todos os cantos. Um ar de decadência corrompia aquele lugar.

Apesar do aspecto ainda nada amigável, a maioria dos prisioneiros possuíam camas e outras regalias, não precisando viverem presos a correntes como animais selvagens. Tudo graças a reforma ministerial ocorrida, que tinha como uma das propostas, dar condições mais humanas para se viver em um local como aquele como também havia ocorrido em Azkaban.

- Xрана!! - Gritou o único carcereiro daquele horário, que trazia sob a orientação de sua varinha, bandejas flutuantes, sendo depositadas cada uma em uma cela.

Após terminar de entregar todas as refeições naquele andar, o bruxo seguiu com mais uma nuvem de bandejas flutuantes até o último andar, onde ficavam os piores criminosos.

- Време за... *silêncio* - Um pequeno estouro de algo caindo foi ouvido no corredor e logo as bandejas de comida também despencaram pelo chão, caindo pelo corpo imóvel do bruxo.

Os gritos se iniciaram como um estopim, seguidores de Karkaroff, assassinos e tantos outros rejeitados pela sociedade bruxa gritavam e grunhiam rente as barras de ferro como animais enjaulados.

Uma figura forte surgiu nas sombras e gritou em plenos pulmões: - Къде е Круков и останалите?!

Sua resposta foi logo respondida por inúmeras mãos que apontaram para o mesmo sentido, o final do corredor. - Excelente...

Os som dos passos se seguiram até a última cela, lá, estava deitado Ivãn Krukov. Seu rosto estava quase irreconhecível apesar de estar na prisão a não mais que um ano. Era a atmosfera da prisão, diriam os de fora, mas o mal era astuto e corrompia rapidamente.

- Какво искаш? - Pediu levando as mãos ao crânio, já que os cabelos de Ivã haviam sido raspados. Toda a beleza que um dia fizera Krukov um jovem muito atraente, havia desaparecido.

- Lhe ajudar... - Comentou Strauss que ainda se mantinha escondido nas sombras, sendo vez ou outra iluminado pela luz da lua que rompia a proteção de nuvens do céu.

- Помогнете ли ми? Нямам нужда от помощ. - Ivã ainda continuava indiferente a presença, com os olhos fixos no teto da cela.

- Todos prrecisam de ajuda, até você... Irmão... - Respondeu estendendo a mão para a cela, deixando a mostra a mão coberta por uma luva de couro negro.

Outro raio iluminou tudo e os olhos de Strauss brilharam como duas chamas vermelhas.

- Вие! Как го получихте?

- Longa histórria Ivãn! Karkarroff prrecisa de nossa ajuda! - Ele se afastou das grades e com um único movimento de varinha a grade voou ao longe. - Vou liberrtarr os outrros! Onde estão eles?

- Kulichev, Rrimakov, Stojanov e Tilev estão no andarr de baixo... O resto estão estão ali! - Ivãn mostrou quatro celas mais ao centro do corredor. 

Strauss concordou e em um movimento sutil com a varinha, mas não uma varinha qualquer, fez com que as grades das celas fossem arrancadas, como se fossem feitas de papel. A varinha em questão possuía como adereço principal três pedras de safira em seu cabo. Além de asas talhadas em toda a extensão de seu corpo. A varinha de Rowena Ravenclaw estava viva novamente, depois de passado mais de mil anos após a morte da bruxa.

Scorbus - Réquiem - LIVRO 3 (reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora